Hugo Gloss

Morte de estudante durante passeio de lancha em Belém passa a ser investigada pela delegacia de homicídios; saiba detalhes

Morte de jovem em passeio de lancha será investigada como homicídio (Reprodução/Instagram)

Morte de jovem em passeio de lancha será investigada como homicídio (Reprodução/Instagram)

Nesta quarta-feira (15), a Polícia Civil confirmou que a investigação sobre a morte da estudante de medicina veterinária Yasmin Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, foi transferida para a Delegacia de Homicídios. A jovem veio a óbito enquanto passeava de lancha com amigos, em Belém do Pará. Inicialmente o caso estava sendo apurado pela Delegacia de Polícia Fluvial, mas acabou transferido para outra unidade. As informações são do UOL.

Até então, as autoridades ainda não esclareceram o motivo que levou à mudança. Segundo os mesmos, é preciso aguardar a autópsia para desvendar o que causou a morte de Yasmin. Ela desapareceu durante um passeio de lancha na noite de domingo (12), e o corpo foi encontrado nas águas do rio Maguari, no início da tarde de segunda-feira, a 11 metros de profundidade.

A moça também era influenciadora digital e sua morte causou comoção nas redes sociais. De acordo com a publicação, o advogado da família de Yasmin apontou várias contradições nos depoimentos das testemunhas. “Uma delas deu três versões para o que aconteceu. Primeiro, disse que Yasmin teria ido na água urinar, depois que ela estava se segurando na proteção do barco e caiu. Por fim, disse que não a viram cair e que só deram falta dela depois. Outras pessoas ainda disseram que ela tinha bebido”, disse.

“Inclusive recebemos videos de seguidores dela, de momentos antes do fato, em que dá para perceber que ela não está alcoolizada. Ela aparece mexendo no celular. Como ela iria pular se ela nem sabia nadar?”, continuou, contestando as hipóteses. Ainda segundo o advogado, a menina não tinha o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.

Jovem desapareceu enquanto passeava de lancha com amigos. (Foto: Reprodução/ Instagram)

Afonso Silva ainda apontou que o piloto responsável pela embarcação no dia do acidente não tinha habilitação e que o sumiço da jovem demorou a ser comunicado à polícia: “Yasmin desapareceu por volta das 22 horas, mas o fato só foi comunicado às 5 da manhã. Por que esperaram tanto tempo para avisar?”.

Para o andamento das investigações, foram solicitados pelo defensor público o exame de alcoolemia e o toxicológico no corpo da vítima, além da perícia na embarcação e as imagens das câmeras de segurança da marina. De acordo com o UOL, a Grand Marine, empresa responsável pela locação da lancha, lamentou o falecimento de Yasmin e informou que está colaborando com as autoridades.

O G1 também apurou que a Delegacia de Homicídios de Belém já começou a ouvir depoimentos e analisar imagens feitas na embarcação em que a estudante estava. O delegado responsável pelo caso afirmou que nenhuma hipótese foi descartada pelos investigadores. “Somente o trabalho investigativo nos levará ao que aconteceu e de que forma aconteceu”, explicou Cláudio Galeno. Ainda de acordo com o delegado, estão sendo ouvidas “as pessoas que estavam na lancha, familiares que sabiam o que a Yasmin ia fazer naquele dia e que de alguma forma irão contribuir para elucidação do caso”.

Yasmin chegou a avisar a mãe que estava bem. (Foto: Reprodução/ Instagram)

A mãe da jovem também se manifestou, contestando as versões apresentadas até agora e contando que a filha entrou em contato com ela pouco antes de desaparecer. “A lancha tinha capacidade pra 8 pessoas e tinha mais de 13, já ouvi até informações que tinham 17. O dono que pilotava não tem habilitação e estavam todos bêbados, tudo isso”, disse. “Ela tinha dito que só vinha almoçar aqui e aí quando foi umas 21h eu procurei por ela. Às 22h ela mandou essa mensagem: ‘Tô na lancha, mas tá tudo bem, a gente já tá indo pra Marina’. Às 22h10 ela me mandou uma foto. E aí as pessoas já me ligaram era mais de 23h, quase 00h, para me avisar que ela sumiu”, completou, segundo o G1.

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