Nova fase na carreira de Tiago Iorc! Na noite desta quarta-feira (03), o músico faz sua primeira live durante a quarentena e traz novidades. O cantor lança o single inédito “Você Pra Sempre Em Mim”, que guarda um significado muito especial. Antes disso, Tiago bateu um papo com o hugogloss.com e falou sobre seu isolamento social, o sumiço dos holofotes no passado, e antecipou detalhes de seu show em casa.
Tiago contou que sempre quis lançar “Você Pra Sempre Em Mim” – sua primeira composição, escrita ainda na adolescência. “Eu a escrevi no verão de 2003, estava viajando com alguns amigos para uma praia no Rio Grande do Sul e lá eu encontrei uma moça que mexeu com o meu coração”, revelou. “Foi gravada em casa, eu cantando e tocando ao mesmo tempo, um take só. É singelo e puro como a mensagem da música”, explicou ele sobre a canção, que marca sua estreia na Sony, sua nova gravadora.
Sobre a live de hoje, Iorc adiantou: “Vai ser voz e violão, um formato que eu amo fazer e me sinto confortável em fazer”. Com apenas mais duas pessoas na equipe do local, o artista prometeu bastante nostalgia e muito contato com os fãs. “Vai ser um momento de confraternização, vou atender a pedido de músicas e relembrar músicas antigas também”, disse. Já podemos esperar por muita música boa e, claro, o novo single – que está lindo!
Confira a entrevista com Tiago Iorc na íntegra:
Hugo Gloss: Essa é a primeira canção que você escreveu, ainda na adolescência. Quando mais precisamente foi? E veio de onde, essa letra, o que te inspirou? Por que lançar a canção agora, passado tanto tempo… por que demorou tanto e por que é agora, a hora?
Tiago Iorc: Essa música existe na minha vida há muito tempo e sempre me emocionou. Eu sempre tive vontade de lançá-la, algumas vezes cheguei a tentar, mas parece que ela nunca se encaixava em outros trabalhos. Talvez eu não estivesse no momento de sentir o que eu senti ouvindo ela nesse momento. Ela é uma celebração muito pura de amor, de um sentimento do Tiago adolescente, de anos atrás, um sentimento muito singelo e muito verdadeiro.
Eu a escrevi no verão de 2003, estava viajando com alguns amigos para uma praia no Rio Grande do Sul e lá eu encontrei uma moça que mexeu com o meu coração. Nós vivemos uma história linda de amor, eu voltei pra casa, em Passo Fundo, onde eu morava, e o sentimento era tão sublime que eu comecei a escrever músicas. Eu escrevi muito rápido, estava muito inspirado. Em 3 dias eu escrevi 7 músicas e essa foi a primeira.
HG: Desde sempre, ela tinha essa melodia, e essa sonoridade?! Gostei muito de como passeou por alguns versos, brincando com a duração das palavras…
TI: Esse é um registro muito genuíno. Foi gravada em casa, eu cantando e tocando ao mesmo tempo, um take só. É singelo e puro como a mensagem da música.
HG: Essa é a primeira faixa lançada com a Sony. Você ficou quase dez anos na Som Livre, depois apresentou dois álbuns em 2019, através da Universal, e agora trabalha com uma nova gravadora. Qual a razão desse novo movimento e o que você espera da parceria?
TI: Eu sempre fui muito camaleônico na minha vida e na minha carreira. Gosto dessa permanente mudança e gosto de sentir que estou em constante adaptação. Eu sou um artista independente desde 2018 e, a partir dessa independência, me veio a possibilidade de experimentar um pouco outras parcerias. Eu acho positivo isso de poder criar parcerias pontuais pra cada trabalho, onde fizer sentido. Ela é o símbolo de um novo ciclo que começa agora.
HG: Antes do “Reconstrução” você chegou a ficar mais de um ano recluso dos holofotes. Veio o álbum, você fez o Acústico da MTV, e uma turnê. Você optou por não trabalhar singles com divulgação maciça em programas de TV, e etc… É uma decisão sua, né?! Dessa vez, você pensa em voltar a falar mais com esses outros meios ou é algo que realmente não faz mais parte do seu interesse? E por que você decidiu ficar longe dos holofotes? E o que isso mudou na sua vida, no seu modo de ver as coisas?
TI: Não foi tanto algo planejado, foi uma necessidade que eu sentia, na época, de resgatar um pouco um sentimento de conexão com as coisas que realmente importavam, as simplicidades da vida. Eu vinha de um ritmo muito intenso de shows e exposição que naturalmente faz a frequência da vida ser voltada para algo externo e exposto. As músicas e os vídeos de “Reconstrução” são sintomas símbolo desse período e representam muito ele. Eles representam o momento que eu estava vivendo.
HG: Hoje, você realiza sua primeira live durante esse período de isolamento que atravessamos no país. Vi que você já pediu sugestão de repertório aos fãs… Será só você, ou terá banda? Será na sua casa? Além das músicas do seu próprio repertório, o que você pensa em trazer? O que vem por aí?
TI: A live vai ser voz e violão, um formato que eu amo fazer e me sinto confortável em fazer. A equipe vai ser super reduzida, vai estar comigo apenas outras duas pessoas, o Rafael Trindade, diretor de fotografia que eu costumo trabalhar nos meus clipes, e que vai estar à frente de toda a captação de vídeo. E o Junior que é responsável por toda a transmissão.
À distância, terei uma quarta pessoa, o Roberto, cuidando da captação de áudio. Tô feliz de termos a tecnologia presente para possibilitar essa comunhão, nesse momento em que precisamos estar afastados. Vai ser um momento de confraternização, vou atender a pedido de músicas e relembrar músicas antigas também.
HG: Como está sendo a sua quarentena?
TI: A minha rotina é bastante caseira, fico num cantinho perto dos meus pais e conseguimos nos ajudar. Eu tenho gostado de entender onde está a minha possibilidade de contribuir um pouco e ajudar tanto as pessoas que estão perto quanto outras pessoas. Eu tenho usado meu tempo para cantar e me conectar com o público que está em casa.
Eu fiz, recentemente, um projeto pelo Instagram onde eu atendo pedidos de música de outros artistas. Tem sido um mergulho bonito de coletividade. Fiz uma parceria com uma empresa de Juiz de Fora, chamada Chico Rei, fizemos uma camiseta com a renda toda revertida para a confecção e distribuição de máscaras para onde existia necessidade. Tá sendo um entendimento grande, um momento de aprendizado de que forma podemos todos nos ajudar.