No dia 7 de maio, veio à tona a informação de que o chef de cozinha Thiago Salvático havia entrado na Justiça com um processo para reconhecimento de uma união estável com Gugu Liberato. O empresário, que mora na Alemanha, afirma que viveu um relacionamento com o apresentador desde 2011 e, por isso, merece parte da herança que foi deixada, em testamento, para os filhos e sobrinhos de Gugu.
Na noite deste domingo (17), Thiago concedeu uma entrevista exclusiva ao “Fantástico”, juntamente a seus advogados, dando mais detalhes sobre seu relacionamento com a estrela da TV brasileira. Por outro lado, Rose Miriam, mãe dos filhos de Gugu e que também está na Justiça para ter sua união estável com ele reconhecida, se manifestou e rebateu as alegações do chef.
“Desde o falecimento do Gugu, eu tenho buscado preservar a minha intimidade e a minha história. No entanto, esse assunto assumiu uma dimensão muito grande”, afirmou Salvático, de 32 anos. “O primeiro esclarecimento é que a minha relação com o Gugu foi uma relação de duas pessoas solteiras. Foi uma relação baseada em muito amor, cumplicidade e na comunhão de vidas”, explicou ele.
Thiago ressaltou que tinha muito orgulho de ter vivido a relação. “Eu posso falar com tranquilidade de quem conviveu mais de oito anos com ele. É que o maior sonho dele seria poder viver num mundo sem preconceito, sem julgamentos pela orientação sexual e que as pessoas pudessem manifestar livremente o amor, sem sofrer qualquer tipo de consequência”, pontuou.
“Ele jamais constituiria uma família que não fosse a nossa. Gugu era muito feliz com nossa família, comigo, com João, com a Sofia e com a Marina”, garantiu Rose Miriam, em sua versão. “Eu gostaria de dizer que eu nunca ouvi falar no nome Thiago Salvático. Gugu nunca mencionou o nome dele e eu gostaria de dizer que o Gugu em vida hoje jamais assumiria uma vida extraconjugal”, declarou a médica.
Os advogados de ambas as partes também se manifestaram. “Fotos e comprovantes de viagem com o Gugu Liberato por si só não comprovam uma união estável. Esse relacionamento é um relacionamento oculto, e, desculpe, mas é uma traição à Rose”, acusou Nelson Willians, advogado de Rose Miriam.
Mauricio Traldi, advogado de Salvático, negou que fosse um relacionamento ‘oculto’, como dito por Williams. “É muito importante esclarecer que não se tratava de uma união secreta, sigilosa, oculta ou clandestina. Eles não tinham nenhuma obrigação de comunicar ao mundo que eles tinham um relacionamento, principalmente porque se tratava de uma união estável homoafetiva com motivos relevantes para a preservação da intimidade do casal”, explicou.
De acordo com o ‘Fantástico’, a família de Gugu não quis se pronunciar sobre a suposta relação entre ele e Thiago. O advogado de Rose, entretanto, ressaltou novamente que a relação não era pública, um dos requisitos para a união estável.
“Tem publicidade? Não. Tinha finalidade de constituição de família? Não. Não constava para ninguém que Gugu tivesse assumido eventual bissexualidade ou coisa do tipo. E de repente aparece essa figura. O processo de união homoafetiva realmente causa uma grande surpresa”, refletiu Nelson Willians.
“As pessoas mais próximas do Gugu conheciam o Thiago, sabiam quem era o Thiago e a importância que ele tinha na vida do Gugu”, garantiu Traldi. “Uma relação harmônica que formava uma verdadeira família da maneira deles, da maneira que eles podiam ter, e que um dos pilares era a privacidade do casal”, concluiu Willi Sebastian Künzli, outro advogado de Thiago Salvático.
O presidente da Comissão do Direito de Família e Sucessão, OAB-SP, João Ricardo Brandão Aguirre, foi consultado pelo programa e afirmou que a prova testemunhal neste caso também é importante. “As testemunhas dizerem: olha, eles viviam como se fosse marido e mulher, eles viviam como se fosse marido e marido, mulher e mulher”, explicou.
A matéria ainda pontuou que até que a Justiça decida se Gugu tinha ou não união estável – com Thiago, com Rose, ou com nenhum dos dois – o processo do inventário fica parado. “Porque entra um novo herdeiro aí como reconhecido pela Justiça e eventualmente pode mudar a disposição testamentária”, justificou João Ricardo. Assista à íntegra:
https://www.youtube.com/watch?v=TUoSBIIDsB8