Se tem um nome que deu o que falar em 2020, foi o de Michele Morrone! O astro de “365 Dias” caiu nas graças do público após cenas bem quentes na produção da Netflix. Em um papo exclusivo com Hugo Gloss, o galã italiano refletiu sobre as polêmicas envolvendo o filme, contou como sua vida mudou desde então, falou sobre sua carreira musical, e ainda recordou uma visita marcante ao Brasil.
Desde a estreia de “365 Dias”, houve muitas críticas de que o filme teria romantizado o sequestro, o abuso sexual e até mesmo a Síndrome de Estocolmo, por conta da relação entre Massimo e Laura – jovem sequestrada pelo personagem. Quanto a isso, Morrone avaliou: “Há crime dentro da história se pensarmos nisso, mas acho que é uma história de amor incrível. É claro que há sexo. Mas o sexo existe entre duas pessoas que se amam. Então, é claro que existe sexo e amor. E acho que duas pessoas, duas almas, que se encontram e que se amam vão fazer sexo. É normal, não é?”.
“Muito sexo, sexo profundo. Por que não? O sexo é apenas um espelho do amor que eles sentem um pelo outro”, refletiu ele. Michele afirmou ainda que houve consentimento entre os personagens. “É importante lembrar que eles só fizeram sexo depois que ela quis. E não antes. Acho que é uma história de amor mágica. Sempre vou defender esse filme com todas as minhas forças”, declarou.
O ator falou com orgulho sobre o longa ter sido um dos mais assistidos da Netflix e também comentou sobre a pressão ao trabalhar na sequência da produção, que começa a ser filmada em maio. “Há muita pressão. Especialmente sobre mim. Mas a questão é que é impossível que a segunda parte não seja um sucesso, porque nós temos tudo o que precisamos para que ela seja ainda melhor do que a primeira”, mencionou ele, complementando que “o roteiro será muito forte, e não tem como esse filme dar errado, porque as pessoas estão esperando por ele”.
Após tamanha repercussão global, Michele acredita que sua vida pessoal não mudou tanto com “365 Dias”, mas reconhece os vários frutos que o longa lhe trouxe. “Sendo honesto, ‘365 Dias’ mudou a minha vida por ser um grande filme… Não mudou a minha vida pessoal, mas tornou as coisas melhores. Eu ainda sou o homem que eu era há poucos anos. Mas com algo diferente na minha vida. Todos os frutos que eu colhi desse filme… Tento usá-los para transformar a minha vida em algo melhor, entende?”, comentou.
Carreira musical
Além das telonas, Michele Morrone também solta a voz no campo musical. O astro, inclusive, emplacou quatro canções na trilha de “365 Dias”: “Hard For Me”, “Dark Room”, “Watch Me Burn” e “Feel It”. Para ele, essas diversas facetas são resultado de seus sonhos. “Eu sou apenas um cara normal que acredita nos seus sonhos. Eu amo atuar, eu adoro poder ser outra pessoa, por isso escolhi ser ator. Eu realmente amo cantar. E eu descobri que sou capaz de fazer isso e de escrever músicas”, definiu ele.
Morrone ainda não sabe dizer se estará na trilha sonora da sequência do longa da Netflix: “Por enquanto não posso te responder essa pergunta, porque ainda não pensamos sobre isso. Mas posso te dizer que seria uma grande honra participar da trilha sonora do segundo filme”. Por outro lado, ele não esconde o desejo de fazer uma turnê pelo mundo. “Assim que essa pandemia acabar, vou começar a viajar pelo mundo. E mal posso esperar para ir ao Brasil. Eu tenho uma quantidade enorme de fãs no Brasil, é uma loucura! Mal posso esperar para começar a minha turnê”, acrescentou.
Vinda ao Brasil
Por falar em Brasil, Michele recordou sua passagem no país em 2019, nas filmagens do longa “Duetto”, quando esteve no Rio de Janeiro. “Eu fiquei em Copacabana por 26 ou 27 dias. E era deslumbrante. Cara, foi lindo. Muito lindo mesmo. Enquanto eu estive lá, pude ver o lado bom e o lado ruim. A vida que vocês vivem aí, é incrivelmente real. É uma vida incrível. As pessoas são risonhas, sem frustrações, sem stress… uau”, recordou.
“Eu podia sair sem camisa, de jeans… Podia sair assim à noite. Era meia noite e eu podia dançar na praia, com pessoas tocando instrumentos, percussão e violões, e era isso. Me lembro de beber água de coco e achar tudo sensacional. Foi sensacional. Quero voltar ao Brasil”, completou Morrone. Hugo Gloss lembrou que a fama do ator por aqui pode mudar um pouco essa experiência na volta ao país. Mas o artista já está preparado! “Posso voltar, mas com alguns seguranças”, adicionou.
Sobre sua quarentena, Michele lembrou que teve de passar meses trancado em sua antiga – e apertada – casa, dos tempos em que ainda trabalhava como jardineiro. “Eu vivi dentro de 40m² por dois meses. Porque eu ainda estava morando na casa onde eu morava quando era jardineiro. Mesmo com a estreia do filme, eu não tive tempo de tentar me mudar. Foi difícil”, explicou ele.
De qualquer forma, o artista afirma ter sido “muito produtivo” nesse período. “Eu escrevi quatro ou cinco músicas para o próximo álbum, eu refleti muito sobre a minha vida, eu tive tempo pra falar comigo mesmo, tive tempo para pensar e falar sobre negócios. E, também, pensar sobre a segunda parte do filme, por que não?”, pontuou Morrone. E já estamos curiosos por esses projetos futuros, né?
Assista à entrevista na íntegra aqui: