Em entrevista à Veja Rio divulgada nesta sexta (05), Anitta falou mais sobre seus recentes posicionamentos políticos, após anos de cobranças incessantes dos fãs. A artista explicou como suas conversas e aulas com Gabriela Prioli, comentarista da CNN Brasil, estariam a “ajudando” nesse sentido.
“Não podia mais ficar em cima do muro. Seria incoerente que a personalidade Anitta não tivesse uma posição”, afirmou. Mesmo com os mutirões de pedidos e justificativas para que se manifestasse – especialmente nas últimas eleições –, Anitta alegou: “Eu não sabia que era necessário tomar partido, ter uma posição. E as pessoas me cobravam muito, inclusive os fãs. Era uma pressão enorme, e isso me fez entender que era importante. Mas eu só falo sobre o que eu sei, por isso comecei a aprender com a Gabriela, que é minha amiga”.
Apesar das lives com Prioli, Anitta acredita não se alinhar politicamente nem com a esquerda, nem com a direita. “Não quero ser nem um nem outro. Prefiro ficar ali no meio, achar lados positivos nos dois espectros, porque não acredito em uma coisa totalmente boa ou ruim”, explicou a cantora, definindo seu posicionamento.
Mas calma lá! Anitta não se diz nem de direita, nem esquerda… e, por enquanto, também nem de centro. “Tem essa definição também, mas a Gabi não me explicou [o centro]. Ainda não cheguei a essa aula, então não sei dizer”, declarou. Mas de uma coisa ela tem certeza: seu lado político ficará de fora dos palcos. “A política é para pensar em temas sérios, é outra vibe. Ao show vai uma galera que quer se divertir, é entretenimento puro”, citou.
Questionada sobre o governo de Jair Bolsonaro, Anitta respondeu: “Ainda não entendo tanto assim de política, mas não percebo coerência ali”. A dona do hit “Combatchy”, que em 2018 demorou a aderir à campanha “Ele Não”, se disse apenas perdida nos feitos do presidente. “Ele é instável, faz muitas trocas na equipe, e a gente acaba ficando meio perdido, sem saber o que vai acontecer. Acabo me perdendo em relação às decisões dele”, opinou ela.