Ao longo dos últimos meses, os irmãos Felipe e Luccas Neto vêm enfrentando judicialmente falsas notícias que os associam ao crime de pedofilia. Na última semana (1º), o juiz Ricardo Coronha Pinheiro, da 39ª Vara Criminal do Rio, aceitou uma queixa-crime feita pelos youtubers contra Antonia Fontenelle.
A apresentadora do “Na Lata” foi acionada após publicar no Instagram, um compilado de vídeos de humoristas famosos – dentre eles, os irmãos Neto – junto de um questionamento. Segundo o UOL, Antonia teria escrito: “Podemos chamar esse vídeo de incitação à pedofilia a olhos nus? Felipe e Luccas Neto, dois irmãos milionários, um deles faz dinheiro com crianças e o outro com adolescentes cujos pais ignoram o que seus filhos consomem na internet”. A postagem já foi derrubada.
Em comunicado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou que Antonia responderá pelos crimes de calúnia, difamação e injúria. “Em junho do ano passado, a apresentadora publicou em seu perfil do Instagram um vídeo em que associava os dois youtubers à incitação e à prática de pedofilia. Agora, a atriz é ré em três ações penais e duas ações cíveis movidas pelos irmãos Neto”, disse a nota.
Até o momento, Fontenelle não se manifestou sobre o caso. A última publicação da loira nas redes, entretanto, traz uma mensagem sugestiva: “Escolhi ver a vida sempre pelo lado positivo, e o resultado vocês conferem na pele, na anti-idade, nas vitórias, na vida que levo que, apesar de tantos inimigos atormentando, batendo, tentando me intimidar, me calar…. Não posso reclamar da vida que levo, ela é bem boa”.
De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, as advogadas Luciana Barbosa Pires e Juliana Bierrenbach renunciaram à defesa da apresentadora menos de um mês após assumirem a causa. A audiência sobre os processos que Antonia acumula foi marcada para o dia 9 de dezembro.
Um deles envolve uma outra publicação da atriz, na qual chama Felipe de “canalha” e “câncer da internet” e afirma que o youtuber teria aconselhado crianças a utilizarem a chamada “deepweb” – espaço online que acumula sites obscuros e por onde circulam todos os tipos de criminosos.
Entenda o caso
Nos últimos anos, Felipe Neto passou a enfrentar diversas mentiras criadas a seu respeito, que têm como objetivo “assassinar” sua reputação e consequentemente deslegitimar todas as críticas que o empresário vem fazendo sobre a política em nosso país. Nos ataques mais recentes, o influenciador teve sua imagem associada à pedofilia com prints, vídeos e textos comprovadamente falsos.
Ainda em agosto, a assessoria do empresário divulgou um comunicado afirmando que “todos aqueles que cometerem os crimes de calúnia, injúria e difamação, responderão por seus atos”. “A assessoria de Felipe Neto informa que todos aqueles que proferirem conteúdo difamatório, criarem ou compartilharem material que o relacione ao cometimento de crimes serão responsabilizados judicialmente, em âmbito cível e criminal”, garantiu a nota.
“Felipe Neto reafirma a defesa da liberdade de expressão, desde que obedecidos os limites legais. Ele afirma que não irá se pronunciar publicamente sobre qualquer acusação relacionando sua imagem a crimes, bem como afirmações mentirosas, levianas e irresponsáveis. As medidas tomadas e o desenrolar das mesmas serão realizadas somente através da Justiça, por meio de seus advogados. Os meios de comunicação não são terra sem lei e há de se ter compromisso e responsabilidade com aquilo que se fala”, completou o youtuber, através de sua assessoria.
Em entrevista ao “Jornal Nacional” no dia 30 de julho, Felipe revelou que, com a nova intensidade dos ataques, precisou reforçar a sua equipe de segurança e a dos seus familiares. Além dos profissionais da área de tecnologia, que atuam contra as fake news na internet e enviam os registros para a polícia, o empresário contratou uma equipe de advogados para processar os responsáveis pela criação das mentiras a seu respeito.
Lucas, por sua vez, foi vítima das mesmas armações que o irmão, após circularem na web, montagens e imagens destorcidas, usadas para acusá-lo de fazer apologia à pedofilia. No dia 17 de junho, o rapaz resolveu pôr um ponto final na situação. Em um longo desabafo – no qual chorou em determinado momento – ele comprovou como antigos vídeos foram editados. Exatamente um mês depois, o youtuber ganhou o processo contra o responsável por acusá-lo de ter cometido tal crime.