Brad Pitt questiona decisão judicial sobre custódia dos filhos com Angelina Jolie: “Ruim para as crianças”; saiba detalhes

Mais um capítulo da briga judicial entre Brad Pitt e Angelina Jolie aconteceu nesta quarta-feira (1). Os advogados de defesa do ator enviaram uma moção à Suprema Corte da Califórnia, questionando a decisão de retirar o juiz John Ouderkirk do caso da custódia dos seis filhos do ex-casal.

Em julho deste ano, Ouderkirk decidiu a favor de Pitt — contudo, foi desqualificado no mesmo mês, após o tribunal entender que o magistrado não detalhou sua relação profissional e financeira com os advogados do ator. Além disso, ele não teria revelado que já tinha trabalhado com a defesa do astro em outras ocasiões no passado.

Em agosto de 2020, Jolie pediu que o juiz fosse substituído, porque mantinha um “relacionamento atual, contínuo e recorrente” com a equipe jurídica do ex-marido. Na época, a atriz também alegou que o vínculo entre os profissionais geraria dúvida sobre a imparcialidade das sentenças.

Raoul Felder, advogado de divórcio de celebridades, explicou ao Hollywood Life na época o que significava a decisão do tribunal. “Vai haver um novo juiz… Ele não fez nada de criminoso ou aceitou dinheiro. Significa simplesmente que omitiu certas coisas que não deveria ter omitido e, como resultado, uma pessoa razoável poderia opor-se à sua objetividade no caso. E é disso que se trata, porque a lei se inclina para trás nestes casos, para garantir justiça para ambos. Pode ser o início do caso, o início da batalha pela custódia e pode criar um caos, dependendo de quão longe irá”, disse.

A saída de Ouderkirk foi uma grande vitória da atriz. No entanto, a revista People divulgou que o astro contra-atacou e solicitou que a decisão fosse revisada. “Desqualificar o juiz John Ouderkirk abre precedente para pedidos de desqualificação a qualquer momento durante um caso, mesmo que o dono do pedido tenha sido informado há muito tempo sobre os supostos motivos apontados para tal ação. A medida levanta sérios questionamentos se o sistema de julgamento temporário é uma opção viável”, contestaram os advogados de defesa do astro de “Era Uma Vez… Em Hollywood”.

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O advogado de Pitt, Theodore J. Boutrous Jr, concedeu uma entrevista à CNN estadunidense e comentou sobre a retirada do magistrado: “A decisão do tribunal inferior — que afastou Ouderkirk do caso — é ruim para as crianças e ruim para o sobrecarregado sistema judiciário da Califórnia”.

 Em contrapartida, a equipe de defesa de Jolie mandou um comunicado à People, contestando o pedido do ex-marido da estrela: “A violação ética do juiz Ouderkirk, considerada juntamente com as informações divulgadas a respeito de suas recentes relações profissionais com os conselheiros de Pitt, pode fazer com que qualquer pessoa, ciente de todos os fatos, tenha dúvidas quanto à capacidade do juiz de ser imparcial. A desqualificação é necessária”. 

Angelina Jolie e filhos. (Foto: Monica Schipper/Getty Images for Netflix)

Os atores de Hollywood brigam intensamente na justiça pelo direito da guarda dos seis filhos. Em maio, o juiz concedeu a Pitt o direito à guarda conjunta dos filhos: Pax, de 17; Zahara, de 16; Shiloh, de 14; e os gêmeos Vivienne e Knox, de 12. Já Maddox, de 19 anos, não foi incluído no processo por ser maior de idade.

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O Page Six havia revelado que John Ouderkirk, contratado pelo ex-casal para acompanhar o caso, tomou a decisão depois de avaliar relatos de diversas testemunhas, incluindo declarações de assistentes sociais que entrevistaram os herdeiros. Apesar disso, a Associated Press afirmou que Angelina acusou o juiz de não lhe garantir um “julgamento justo”, por não permitir que Pax, Zahara e Shiloh testemunhassem, já que, na Califórnia, adolescentes com 14 anos ou mais são autorizados a compartilharem seus relatos em audiências, caso se sintam à vontade.

Os astros começaram a namorar em 2006, e se casaram oito anos depois, em uma cerimônia intimista, em 2014. O anúncio do divórcio veio após dois anos, em 2016, alegando “diferenças irreconciliáveis”.