Como assim?! Representante de piloto do helicóptero que levava Kobe Bryant coloca culpa do acidente fatal nos passageiros

Quase quatro meses após o acidente de helicóptero que matou Kobe e Gianna Bryant, além de outras 7 pessoas a bordo, os detalhes do caso ainda estão sendo discutidos. Nesta segunda-feira (11), um representante do piloto que comandava a aeronave alegou que os passageiros foram responsáveis pela colisão fatal.

De acordo com o TMZ, um parente de Ara George Zobayan, piloto falecido no acidente, respondeu o processo de Vanessa Bryant, esposa do atleta, contra o piloto e a empresa de helicópteros Island Express. “Quaisquer ferimentos ou danos causados às partes queixosas e/ou seus falecidos foram diretamente causados em parte ou completamente pela negligência ou culpa das partes queixosas e/ou seus falecidos”, declarou.

Na sequência, ele especificou a que se referia. “Incluindo seu encontro voluntário e conhecimentos sobre os riscos envolvidos, e que essa negligência foi um fator substancial para causar seus supostos danos, pelos quais o réu não carrega nenhuma responsabilidade”, completou o representante do piloto.

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Segundo o TMZ, as alegações são chocantes porque a polícia de Los Angeles e outras agências oficiais mantiveram suas frotas em terra na manhã do acidente devido à neblina e pouca visibilidade aérea. A publicação ainda destaca que a declaração do representante não aborda como os passageiros podem ter sido “negligentes ou assumido um risco”.

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De acordo com as investigações do caso, Ara George precisou circular o Griffith Park por cerca de 15 minutos antes de voar até a Mamba Academy, onde eles estavam destinados, devido à má visibilidade. A neblina ainda não havia desaparecido quando o helicóptero colidiu em uma colina, a uma velocidade de 184 milhas por hora (cerca de 296 quilômetros por hora), matando todos a bordo da aeronave.

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Vanessa Bryant está processando o piloto e a empresa de helicópteros Island Express, alegando que a aeronave nunca deveria ter sido colocada nas condições perigosas do dia 26 de janeiro. A ação alega que a companhia só podia voar com boas condições visuais, o que não condizia com o tempo daquele dia.

Vanessa está processando o piloto e a empresa na qual ele trabalhava pelo acidente. (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)

Além de destacar a alta velocidade em que o piloto estava navegando, o processo ainda alega que ele “falhou em monitorar e avaliar adequadamente o clima antes da decolagem, falhou ao obter os dados climáticos adequados antes do voo, falhou ao não abortar o voo quando ele sabia das condições do tempo nublado, falhou em manter o controle do helicóptero e falhou em evitar ‘obstáculos naturais’ na trajetória de voo”.

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A esposa de Bryant pede danos punitivos, afirmando que o piloto e a Island Express foram imprudentes; danos pelo “terror pré-impacto” que Kobe e Gigi devem ter sofrido antes da colisão, e danos pela “perda de amor, afeição, cuidado, sociedade, serviço, conforto, apoio, direito de apoio, companhia, apoio moral e apoio e conselhos futuros”. A ação ainda busca dinheiro pela perda de apoio financeiro e pelos gastos funerários e de enterro.

Segundo o TMZ, o valor pode chegar a incalculáveis milhões. Em resposta, a companhia apenas afirmou que “aquele foi um trágico acidente” e que “não ia comentar o processo em aberto”.