Convenção das Bruxas: Após polêmica, Anne Hathaway pede desculpas por “dor causada” pelo filme a pessoas com deficiência

Após a polêmica envolvendo o remake de “Convenção das Bruxas”, Anne Hathaway se desculpou publicamente por ter ofendido pessoas com deficiência. No filme, a atriz interpretou uma bruxa malvada que tem três dedos em cada mão, uma representação semelhante à ectrodactilia— condição em que há ausência de um ou mais dedos centrais das mãos ou dos pés. A associação entre “seres malvados” com a deficiência foi motivo de bastantes críticas.

“Eu descobri recentemente que muitas pessoas com diferenças de membros, especialmente crianças, estão sofrendo por causa da representação da Grande Bruxa”, postou a artista em sua página no Instagram. Ela também explicou que faz o seu melhor para ser empática, não pelo “politicamente correto”, “mas porque não machucar os outros parece um nível básico de decência pelo qual todos devemos nos esforçar”.

A atriz ainda afirmou que não teria feito essa representação, se tivesse consciência sobre o assunto antes. “Sinto muito. Eu não fiz a relação do visual da personagem com a alteração de membros quando me mostraram. Se eu tivesse, garanto que isso nunca teria acontecido”, escreveu Hathaway, que continuou: “Como alguém que realmente acredita na inclusão e realmente detesta a crueldade, devo a todos vocês um pedido de desculpas pela dor causada”.

Anne Hathaway no papel da Grande Bruxa. (Foto: Reprodução/ Warner Bros.)

“Eu especialmente quero pedir desculpas para as crianças com alteração de membros. Agora que eu aprendi, eu prometo que vou melhorar. E eu devo um pedido de desculpas especial àqueles que amam vocês tanto quanto eu amo meus filhos. Me desculpem por ter decepcionado a família de vocês”, declarou.

Ao fim, a estrela anexou um vídeo do Projeto Lucky Fin em seu pedido de desculpas. A organização sem fins lucrativos tem como objetivo apoiar e celebrar aqueles que nascem com simbraquidactilia ou diferença de membros, além de aumentar a conscientização sobre o tema.

 

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I have recently learned that many people with limb differences, especially children, are in pain because of the portrayal of the Grand High Witch in The Witches. Let me begin by saying I do my best to be sensitive to the feelings and experiences of others not out of some scrambling PC fear, but because not hurting others seems like a basic level of decency we should all be striving for. As someone who really believes in inclusivity and really, really detests cruelty, I owe you all an apology for the pain caused. I am sorry. I did not connect limb difference with the GHW when the look of the character was brought to me; if I had, I assure you this never would have happened. I particularly want to say I’m sorry to kids with limb differences: now that I know better I promise I’ll do better. And I owe a special apology to everyone who loves you as fiercely as I love my own kids: I’m sorry I let your family down. If you aren’t already familiar, please check out the @Lucky_Fin_Project (video above) and the #NotAWitch hashtag to get a more inclusive and necessary perspective on limb difference.

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O Projeto Lucky Fin, inclusive, foi uns dos primeiros a levantar a questão da má representatividade da deficiência no filme. “Imagine uma criança vendo alguém ‘como eles’ retratado de forma tão negativa, especialmente quando a representação de membros diferentes já é escassa no cinema e na mídia? Imagine como essa narrativa ressoaria em seus corações e potencialmente impactaria sua autoestima?”, questionaram.

Ainda nesta semana, a Warner Bros. emitiu um comunicado se desculpando pelo modo como caracterizou as bruxas da produção: “Estamos profundamente tristes ao saber que nossa representação dos personagens fictícios em ‘Convenção das Bruxas’ poderia perturbar as pessoas com deficiências e lamentamos qualquer ofensa causada”.

“Nunca houve intenção dos espectadores sentirem que as criaturas fantásticas e não-humanas deveriam representá-los. Este filme é sobre o poder da bondade e da amizade. É nossa esperança que famílias e crianças possam desfrutar do filme e abraçar este tema empoderador e cheio de amor”, concluíram eles.