Tem que ser muito influente para ser notada pela Casa Branca, né? Nossa musa Taylor Swift não só foi notada, como recebeu uma resposta de representantes do governo sobre seu discurso feito durante o MTV Video Music Awards, no qual clamou por direitos e igualdade para os membros da comunidade LGBTQ+.
Durante o evento musical, que aconteceu na última segunda (26), a cantora recebeu o prêmio de “Vídeo do Ano”, por “You Need To Calm Down”. O clipe foi lançado durante o mês do orgulho LGBTQ+ e estrela personalidades importantes da comunidade em diferentes áreas. Ao final dele, fora deixado um link para uma petição insistindo que o Senado norte-americano vote à favor do “Equality Act” (“Lei de Igualdade”, em tradução livre).
Em maio de 2019, a Câmara dos Representantes estadunidense aprovou a “Lei da Igualdade”, que pede que casos de discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero se tornem explicitamente ilegais. A emenda ainda não está em vigor; desde que passou pela Câmara, aguarda a decisão do Senado. Caso seja aceita, o presidente Donald Trump terá que transformá-la em lei.
O caso foi retomado por Tay ao receber o prêmio, que levou alguns dos artistas presentes em seu vídeo ao palco e fez um discurso emocionante. “Essa premiação é votada por fãs. Então, obrigada, porque nesse vídeo foram feitas várias referências e isso significa que vocês querem um mundo onde somos tratados igualmente, independente de quem amamos ou de como nos identificamos”, afirmou.
Logo em seguida, Swift mencionou o abaixo-assinado, alfinetando o governo pela demora ao se manifestar. “Nós merecemos direitos iguais sob a lei. Quero agradecer a todos que assinaram a petição porque tem mais de meio milhão de assinaturas, o que representa cinco vezes a quantia necessária para garantir uma resposta da Casa Branca”, reiterou a loira ao fazer um gesto de “checar um relógio”.
Na mensagem, Taylor fazia menção a uma política adotada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que prometia sempre responder petições do povo que atingissem um determinado número de assinaturas, mas que foi descontinuada por Donald Trump.
Ontem (27), Judd Deere, vice-secretário de imprensa da Casa Branca disse, em um comunicado à revista People, que o governo Trump é contrário à discriminação, mas que não apoiaria o projeto de Obama. “A administração Trump se opõe absolutamente à discriminação de qualquer tipo e apoia o tratamento igual de todos; no entanto, o projeto de lei aprovado pela Câmara em sua forma atual é preenchido com pílulas de veneno que ameaçam minar os direitos dos pais e da consciência”, alegou, em nota.
Além de apoiar a “Lei de Igualdade”, a artista recentemente mostrou descontentamento com o cenário político em seu país. Em uma entrevista recente ao The Guardian, ela fez críticas ao atual presidente dos EUA. “Trump diz ao público norte-americano que ‘se você odeia o presidente, você odeia a América’. Nós somos uma democracia – ou pelo menos, nós deveríamos ser – e estamos autorizados a discordar e debater”, afirmou.
Ainda no bate-papo, a loira fez questão de afirmar que “fará tudo o que puder” para apoiar um candidato no qual acredite durante as eleições de 2020. Inclusive, a política já está presente em seu mais recente trabalho, o álbum “Lover”, lançado na última sexta (22). Na faixa “Miss Americana e The Heartbreak Prince”, Tay fala abertamente sobre sua desilusão com o atual governo e seu próprio patriotismo.
Que bom que Taylor usa sua plataforma e influência para abordar assuntos tão importantes como esses, né?