Kayky Brito: Delegado explica como ficou situação de Bruno de Luca no caso

Apresentador estava em um quiosque com Kayky no dia do acidente

Kayky Brito e Bruno de Luca

Nesta quarta-feira (27), a Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou o inquérito sobre o atropelamento do ator Kayky Brito. Após perícia, as autoridades concluíram que o motorista estava abaixo do limite de velocidade permitido na Avenida Lucio Costa, na Barra da Tijuca, não tinha consumido bebida alcoólica, e que prestou socorro ao ator. Segundo o delegado Ângelo Lages, titular da 16ª Delegacia de Polícia, o apresentador Bruno de Luca também não foi indiciado por omissão de socorro.

O policial explicou que a obrigação de ajudar a vítima é principalmente do motorista. “O motorista, ao se envolver em um atropelamento, tem o dever legal de pedir socorro. Além disso, a partir do momento em que alguém presta socorro, qualquer outra pessoa que estivesse naquela cena fica isento de qualquer tipo de responsabilidade”, disse ele ao g1. 

De acordo com Ângelo Lages, caso Bruno de Luca fosse responsabilizado, qualquer outra testemunha também deveria ser indiciada. “Se a gente fosse pensar em indiciar o Bruno de Luca, também a gente deveria indiciar as pessoas que estavam no quiosque, a própria passageira e outras pessoas que estavam no local. Então, a partir do momento que uma pessoa solicitou socorro, todos os demais que estão ali ficam isentos de responsabilidade”, acrescentou.

A parte principal da investigação, segundo o delegado, era descobrir se as ações do motorista Diones Coelho da Silva estavam dentro da lei. “O que interessava para a gente era saber se o motorista concorreu com o atropelamento. Exemplo: conversando ou mexendo no celular. Mas o motorista estava correto”, apontou.

Ele ainda realizou ações para evitar a colisão, apesar da escassez temporal para reação e frenagem. Entendemos que todos os elementos colhidos em depoimentos, laudos e vídeos, além da atitude de socorrer a vítima, isentam o motorista de qualquer responsabilidade”, continuou.

Agora, a polícia vai solicitar o arquivamento do caso e encaminhar o inquérito ao Ministério Público, que posteriormente seguirá para Justiça. “Provavelmente, o Ministério Público vai arquivar. Podem pedir novas diligências, arquivar ou denunciar. Mas acredito que o inquérito será arquivado”, concluiu Lages.

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Bruno de Luca estava em um quiosque da praia com Kayky Brito na noite do acidente. Uma das testemunhas centrais, o apresentador disse aos policiais que já tinha se despedido do amigo e só soube do acidente no dia seguinte, quando já estava em São Paulo para o “The Town“. A versão, no entanto, foi contestada por uma mulher entrevistada pelo “Domingo Espetacular”, que afirmou que o apresentador foi avisado de que a vítima era Kayky.

O dominical da Record TV também mostrou novas imagens do momento do atropelamento e a reação de de Luca. No registro, ele se desespera e leva as duas mãos à cabeça, virando o rosto para o lado oposto. Em seguida, ele atravessa a avenida e vai até o seu carro. As testemunhas ainda relataram que o apresentador deixou o local pela areia, sem prestar ajuda ou esperar a ambulância.

Kayky foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Miguel Couto, no Leblon. Na sequência, ele foi transferido para o Hospital Copa D’Or, em Copacabana, onde permanece desde então. Ele sofreu politrauma corporal e traumatismo craniano. De acordo com o último boletim médico, divulgado em 22 de setembro, Kayky deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), está consciente e já conversou com os familiares.

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