Leão Lobo faz triste desabafo sobre estupro coletivo que sofreu aos 16 anos: “Tão violento a ponto de eu esquecer”

O apresentador Leão Lobo abriu o coração sobre um assunto traumático em sua vida. Em entrevista à Luciana Gimenez, no programa que irá ao ar nesta segunda-feira (7), ele relembrou detalhes do episódio de agressão e estupro coletivo que sofreu quando era menor de idade. O jornalista contou que tinha apenas 16 anos e estava em uma praia quando tudo aconteceu.

“Estava em Mongaguá, vi um rapaz deitado na areia e o achei muito bonito. Fui e voltei, até que ele levantou e me chamou para ir a um lugar com ele. Me levou para uma casa e quando cheguei lá tinham mais quatro rapazes”, disse ele. “Eles trancaram a porta com um prego e é mais fácil eu te dizer o que não chegou a acontecer ali, de tanta coisa que aconteceu”, continuou.

Leão declarou que a agressão foi tão forte que precisou fazer terapia para conseguir superar o trauma. “Foi tudo tão violento a ponto de eu esquecer. Só consegui lembrar disso de novo na terapia, anos depois, e chorei muito. Fiquei muito mal porque foi bem forte”, desabafou.

Leão Lobo participa do programa de Luciana Gimenez desta segunda-feira. (Foto: Divulgação/ RedeTV)

A primeira vez que o apresentador revelou sobre o episódio traumático foi em 2016, durante participação no “Programa Eliana”, do SBT. Na época, ele admitiu que chegou a se sentir culpado pelas agressões. “Estava no início da minha vida sexual, era muito novinho. Achei que tinha culpa por ter flertado e aceitado ir com o cara que me levou para a casa onde fui estuprado”, disse em entrevista a revista Veja.

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“Eu vivia perigosamente só por ser gay. Quando eu fazia sexo, era escondido, um risco de ser descoberto. Hoje se fala muito na questão do estupro, mas na época eu era um moleque, não tinha noção. Achava até que era meio normal”, ponderou.

Já no “Super Pop” de Luciana, Leão também comentou de direitos para a comunidade LGBTQIA+. Ele defendeu que é necessário incluir a discussão em nossa sociedade, mas com “sutileza” na abordagem. “Precisamos discutir e militar, mas com sutileza. Tudo o que é excessivo acaba indo para um caminho contrário. Não adianta ir para a Parada [Gay] e ficar pelado, tirar a roupa… Não precisa disso. A palavra é tudo”, afirmou.

Sobre falar publicamente a respeito de sua orientação sexual, o apresentador recordou que não foi intencionalmente. “Isso era um tabu muito grande, tanto que eu assumi sem querer querendo durante o programa da Silvia Poppovic”, brincou.