Ah, se arrependimento matasse… Nesta terça-feira (04), foi divulgada uma entrevista de Ryan Reynolds para a revista “Fast Company”, na qual o astro se abriu sobre o maior arrependimento que teve quanto à cerimônia de seu casamento com Blake Lively, em 2012. Segundo o ator, hoje resta apenas a “vergonha” sobre a ocasião.
Naquele ano, o casal oficializou seus votos em Boone Hall, na Carolina do Sul, Estados Unidos. O problema é o passado bastante condenável do local — a propriedade costumava ser um sítio onde muitos escravos trabalharam por anos e morreram. “É algo pelo qual nós sempre seremos profundamente e totalmente pesarosos”, disse Ryan.
Boone Hall foi escolhido sem muitas pesquisas sobre o assunto, simplesmente porque o casal achou bonito na época. “É impossível de aceitar. O que vimos na época era um local para casamentos no Pinterest. O que nós vimos depois foi que era um lugar construído sobre uma tragédia devastadora”, comentou. Mas nada muda o arrependimento sobre essa escolha: “Anos atrás, nós nos casamos novamente em casa – mas a vergonha trabalha de formas estranhas”.
Apesar de terem mudado de ideia quanto à cerimônia, Reynolds sente que ainda não é suficiente para reparar o erro. “Um p*ta erro gigante como aquele pode fazer com que você ignore, ou reformule algumas coisas e parta para a ação. Não significa que você não vai f*der tudo novamente. Mas remodelar e desafiar um condicionamento social de uma vida toda é um trabalho que nunca termina”, avaliou o ator.
No final de maio, com a revoltante morte de George Floyd e o surgimento de uma série de protestos contra o racismo e a brutalidade policial, a história do casamento de Ryan e Blake veio à tona novamente. Com a ocasião e as manifestações pelo mundo todo, o casal se posicionou quanto a isso e anunciou a doação de US$ 200 mil – cerca de R$ 1 milhão – ao “NAACP Legal Defense Fund” (Fundo para Defesa Social), que luta pela igualdade racial.
Pelo Instagram, eles escreveram: “Nós nunca tivemos que nos preocupar em preparar nossas crianças para diferentes regras da lei, ou o que pode acontecer se nós fôssemos enquadrados no carro… Nós não sabemos como é viver essa experiência dia após dia. Não conseguimos imaginar sentir tanto medo e raiva. Ficamos constrangidos por, no passado, termos nos permitido ser desinformados sobre o quanto o racismo sistêmico está enraizado”.
Blake ainda adicionou que os dois pretendiam estudar mais sobre o assunto, para que pudessem também conscientizar seus filhos sobre essa questão. “Queremos nos educar sobre as experiências de outras pessoas, e falar com nossas crianças sobre tudo, tudo isso, especialmente nossa própria cumplicidade”, disse. Confira a publicação:
https://www.instagram.com/p/CA3527Ep-ou/