Alunos de Idaho: Polícia encontra suspeitos de perseguir uma das vítimas do assassinato brutal

Caso aconteceu há três semanas, mas as autoridades ainda não encontraram um suspeito ou a arma do crime

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A polícia divulgou nesta segunda-feira (5) novas informações sobre a investigação do assassinato brutal dos quatro estudantes encontrados mortos em uma casa próxima a um campus da Universidade de Idaho, na cidade de Moscow, nos Estados Unidos. As autoridades seguiram analisando a hipótese da vítima Kaylee Gonçalves, jovem de 21 anos, ter um stalker, e encontraram os suspeitos — mas não viram conexão com o crime.

De acordo com o TMZ, os investigadores chegaram em uma situação que aconteceu em outubro, quando a jovem foi a um estabelecimento em que dois homens estavam. As autoridades acreditam que eles teriam continuado a seguir Gonçalves pelo local e enquanto ela voltava para o carro. Os suspeitos não teriam feito qualquer contato com a vítima na ocasião.

No entanto, o acontecimento teria sido um fato isolado. A polícia entrou em contato com os rapazes, que afirmaram que foram ao estabelecimento para tentar conhecer mulheres e isso teria colaborado por uma investigação adicional. Até o momento, não há evidências que liguem os dois homens aos assassinatos dos universitários. Em entrevista à ABC News, o pai de Kaylee falou que a filha mencionou ter um possível stalker antes de morrer.

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Polícia revelou que segue investigando a possibilidade de Kaylee Gonçalves ter um stalker. (Foto: Reprodução/ Instagram)

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Segundo a CNN, no mês passado os investigadores analisaram “extensivamente” centenas de informações sobre a aluna ter um stalker. Apesar disso, “não foram capazes de verificar ou identificar um stalker”. A polícia segue pedindo a ajuda das pessoas sobre o caso. “Os investigadores continuam procurando informações sobre Kaylee ter um perseguidor. Informações sobre um possível perseguidor ou ocorrências incomuns devem passar para as autoridades”, disse a polícia em comunicado à imprensa.

No sábado (3), o Departamento de Polícia de Moscow confirmou que já recebeu mais de 2.000 indicações por e-mail e telefone, além de mais de 1.000 inscrições em um link do FBI. Os policiais ainda não chegaram até o assassino, nem encontraram a arma do crime, que eles acreditam ser uma faca. As autoridades também não tinham divulgado os nomes dos jovens que estavam na casa no momento do assassinato e sobreviveram. Todavia, eles acabaram sendo identificados durante um memorial para as vítimas realizado no domingo (4).

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A CNN informou que o pastor leu uma carta dos dois colegas de quarto, Dylan Mortensen e Bethany Funke. Nos textos, os estudantes desabafaram sobre a saudade que sentem das vítimas do crime. “Minha vida foi muito impactada por ter conhecido essas quatro lindas pessoas”, iniciou a carta de Mortensen. “Mudaram minha vida de tantas maneiras e me fizeram tão feliz. Sei que será difícil não ter os quatro em nossas vidas, mas sei que Xana, Ethan, Maddie e Kaylee gostariam que vivêssemos a vida e fôssemos felizes e eles gostariam que celebrássemos suas vidas”, completou.

Relembre o caso

O The New York Times divulgou que as autoridades receberam um chamado sobre um “indivíduo inconsciente”, no dia 13 de outubro. No entanto, ao chegarem no local, se depararam com os corpos das quatro vítimas: Kaylee Gonçalves, de 21 anos, Ethan Chapin, de 20, Xana Kernodle, também de 20, e Madison Mogen, de 21. Todos eram alunos da Universidade de Idaho, e estavam numa casa em uma vizinhança próxima de uma caixa d’água estampada com o logo da instituição. Segundo a publicação, a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015.

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À Fox News, um policial revelou o cenário assustador que foi encontrado na residência em que o crime aconteceu. O sangue das vítimas chegou a descer pela parede, pingando do quarto do primeiro andar. Foi possível ver o líquido escorrendo até mesmo do lado de fora da casa, na parte dos fundos. “Foi uma cena muito sangrenta no lado de dentro”, afirmou o agente. (Alerta: imagens fortes!) Veja as fotos, clicando aqui.

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A falta de suspeitos sobre o assassinato dos quatro alunos da Universidade de Idaho tem preocupado a comunidade. (Fotos: Reprodução)

Horas antes do assassinato brutal, o casal Ethan e Xana estavam numa festa no campus, enquanto Kaylee e Madison foram até um bar no centro da cidade. As duas meninas, inclusive, foram registradas pelas câmeras de segurança. Todos eles voltaram para a casa de suas amigas após 1h45 da manhã.

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Até o momento, nenhuma prisão foi decretada e a polícia sequer deu alguma descrição de quem poderia ser o assassino. “Ninguém foi incluído ou excluído como pessoa de interesse ou suspeito. Todos ainda estão sendo investigados”, comentou Aaron Sneel, porta-voz da corporação, à ABC News. Catharine Mabbutt, médica-legista do condado de Latah, informou que todas as vítimas estavam dormindo quando foram assassinadas.

A princípio, as autoridades disseram que as mortes eram “ataques isolados, com alvos” e que não havia risco para outros. No entanto, eles precisaram voltar atrás… Sem qualquer indício do que poderia ter acontecido, Fry recuou. “Nós não podemos dizer que não há uma ameaça à comunidade”, disse o chefe da polícia à imprensa. “O indivíduo ainda está por aí. Nós devemos estar vigilantes. Nós precisamos ter cuidado pelos nossos vizinhos… Nós precisamos continuar fazendo isso até que a gente consiga fechar isso e fazer uma prisão”, declarou.

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Alivea Gonçalves, irmã de Kaylee Gonçalves, revelou que sua irmã fez seis chamadas para um rapaz chamado Jack, que era amigo das vítimas, entre 2h26 e 2h44. O TMZ ainda afirmou que Madison Mogen, outra aluna esfaqueada, também ligou mais três vezes para o jovem. Mas, aparentemente, ele nunca atendeu ou retornou às ligações.

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