Apesar de mais de um ano ter se passado desde o surgimento do primeiro caso de coronavírus no mundo, a doença ainda continua surpreendendo negativamente os médicos… De acordo com o jornal Metro britânico, o pequeno Logan Walsh, de apenas 7 anos, perdeu a memória após contrair uma doença rara, que foi consequência direta do contágio da criança pela Covid-19.
O menino foi diagnosticado com a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) seis semanas depois do seu tratamento contra o coronavírus. A mãe de Logan, Jessica Walsh, de 47, chamou a ambulância assim que notou os primeiros sintomas: inchaço nas mãos e nos pés e algumas erupções cutâneas. Ao chegar no hospital, os médicos ficaram perplexos com a situação da criança, mas felizmente, um dos profissionais identificou rapidamente a doença que estava acometendo o garotinho.
Esse mesmo médico viu a SIM-P se repetir diversas vezes durante a pandemia, sempre com crianças que contraíram a Covid-19. O profissional disse aos pais que os casos das crianças que atendeu eram praticamente idênticos ao de Walsh — não exibindo sintomas do vírus propriamente dito, mas surgindo dias depois com a síndrome. A síndrome pode causar falência de órgãos, fluxo sanguíneo insuficiente, bem como outras emergências médicas graves, fazendo com que os pequenos tenham que ser internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Por conta da situação de Logan, os médicos receitaram esteroides para o tratamento, o que rendeu um sopro no coração do menino. Ele precisou ser internado na UTI. O quadro do garotinho atualmente ainda preocupa a família, principalmente por conta dos inchaços no corpo, os resultados dos exames de sangue e a falta de memória recorrentes. “Ele esquece algumas coisas que podem ser frustrantes para ele. Ele não se lembra dos nove dias em que estava muito mal, o que decidimos ser provavelmente uma coisa boa. Houve um dia em particular em que realmente pensei que poderíamos perdê-lo”, desabafou Jessica Walsh.
Com a aproximação do início do ano letivo, a mãe se preocupa com o desempenho escolar que o filho possa ter. Para se ter uma ideia, o menino já não se lembra do último Natal, duas semanas atrás. No entanto, Jessica reconhece que a situação poderia ter sido muito pior, e tenta se apegar aos pontos positivos. “Realmente esperamos que sua memória melhore… Ele está indo muito bem, apesar disso, e gostamos de pensar que está quase de volta ao seu estado normal. Ele ainda luta um pouco com as escadas, precisa se segurar em algo ou usar as mãos no chão, mas está definitivamente melhorando”, falou a matriarca.