Modelo brasileira sobrevive à tragédia na Coreia do Sul e revela como conseguiu escapar

Rebecca Câmara e suas amigas estavam no local em que centenas de pessoas foram esmagadas, pisoteadas e até vieram a óbito

Modelo Tumulto Coreia

A festa de Halloween de Seul, na Coreia do Sul, foi marcada por uma tragédia e tanto no último sábado (29). Pelo menos 153 pessoas morreram, enquanto outras 150 ficaram feridas em decorrência de um tumulto no bairro de Itaewon. Por muito pouco, Rebecca Câmara não estava entre essas pessoas… A modelo brasileira, de 25 anos, revelou ao jornal Estadão como conseguiu escapar do incidente minutos antes de toda a confusão.

Rebecca disse ter se assustado com a superlotação do local, o que a fez sugerir mudar de calçada com as amigas. “Eu pedi para ficarmos na calçada oposta porque estava muito lotado e a gente não ia conseguir sair, nem andar direito”, declarou ela. Instantes mais tarde, centenas de pessoas foram prensadas umas nas outras e até pisoteadas, devido ao caos que se instalou em uma rua estreita da região.

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A modelo brasileira Rebecca Câmara e suas amigas seguiram uma roto oposta à da tragédia e, assim, escaparam do tumulto. (Foto: Reprodução/Instagram)

Após saírem da multidão, ela e as amigas decidiram seguir na direção oposta ao ponto em que a tragédia se desdobrou. “Se a gente tivesse atravessado 20 minutos antes, como as meninas queriam, estaríamos no meio da multidão e sabe Deus o que poderia ter acontecido”, afirmou a modelo, que está estabelecida na capital sul-coreana. Passado algum tempo, o grupo se deparou com o grande número de ambulâncias, bombeiros e carros de polícia se dirigindo ao local.

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A brasileira também detalhou como funciona a “agitação” da tradicional celebração. “As pessoas vão sendo empurradas. Fica tipo um bloco de carnaval”, comparou ela. Assim como foi no último sábado, a festa de Halloween de Itaewon costuma atrair multidões de pessoas para a região – todas seguindo na mesma direção. O evento deste ano seria ainda mais especial, visto que esta foi a primeira vez que a festa é comemorada desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020.

Entenda a tragédia

Uma grande multidão foi esmagada em um tumulto no último sábado (29), durante as festividades de Halloween no centro de Seul, na Coreia do Sul. Pelo menos 153 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas. Vídeos do tumulto viralizaram nas redes sociais, demonstrando o pânico dos envolvidos na tragédia, bem como exibindo pessoas realizando massagem cardíaca nas vítimas espalhadas pelo chão.

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Segundo informações da Associated Press, os participantes das festividades foram esmagados e pisoteados até a morte quando a multidão começou a avançar em direção a um beco estreito. O incidente ocorreu do lado de fora do Hamilton Hotel, estabelecimento bastante conhecido no popular distrito de Itaewon, onde milhares de pessoas se aglomeram frequentemente para festas em Seul.

@ninush_1 Itaewon Hallowen 🥺🍃 이태원 압사 사고 직전 상황 #halloween ♬ оригинальный звук – ninuSh_1❤️🍃

De acordo com o chefe do departamento de bombeiros, Choi Seong-beom, a tragédia ocorreu por volta das 22h do horário local, cerca de 10h em Brasília. As autoridades sul-coreanas pontuaram que, até o momento, não se sabe exatamente o que motivou o tumulto, mas as causas estão sendo investigadas.

@coyote_dsb Itaewon was really crowded, sad event that happen today #Itaewon #tiktok #korea #seoul ♬ sonido original – Dario Sanchez

Choi afirmou que as vítimas eram, em sua maioria, mulheres de mais ou menos 20 anos de idade. Grande parte dos feridos recebeu tratamento de emergência, após chegarem aos hospitais em estado grave. O chefe do corpo de bombeiros de Yongsan disse, nas primeiras horas do domingo (30), que o número de óbitos ainda poderia aumentar. Cerca de setenta e quatro dos mortos foram enviados para hospitais, enquanto os corpos de outras 46 pessoas foram enviados a um necrotério improvisado, instalado em uma academia adjacente ao hotel, revelou a Reuters.

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Outra testemunha contou ao veículo que cerca de 50 mortos foram transportados em macas para um espaço do governo para identificação das vítimas. Em entrevista à AFP, um dos bombeiros afirmou que cerca de 140 ambulâncias foram enviadas ao local para auxiliar no resgate de mortos e feridos.

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