Passageiro soca comissário, apalpa aeromoças, faz comentários racistas e acaba preso com fita adesiva em assento – assista

Que situação… No último sábado (31), um passageiro da companhia aérea norte-americana Frontier Airlines causou uma situação horrenda em um voo que partiu da Filadélfia em direção a Miami. Tudo começou quando o homem, identificado como Maxwell Berry, de 22 anos, pediu sua terceira bebida alcoólica e esfregou seu copo vazio contra as nádegas de uma comissária. Segundo o boletim de ocorrência registrado contra Berry, a aeromoça teria pedido ao passageiro que ele não a tocasse.

Na sequência, Berry, que estava sentado no assento 28D, saiu do banheiro sem camisa depois de derramar sua bebida. Outro comissário então tentou fazer com que ele colocasse suas roupas de volta, informando Maxwell que ele precisava estar totalmente vestido para voltar a seu assento. O comissário ajudou o baderneiro a tirar uma camisa de sua bagagem de mão, mas Berry ficou caminhando ao redor da cabine por cerca de 15 minutos, ignorando a tripulação, que pediu repetidamente para que ele se sentasse.

Foi durante seu “passeio” que ele se exaltou e então apalpou os seios de outra comissária de bordo, que também lhe disse para não tocá-la. Segundo os policiais que registraram o caso, mais tarde, Maxwell voltou a colocar os braços em volta das mesmas comissárias de bordo e apalpou seus seios. Que absurdo!

Os toques impróprios motivaram um quarto comissário de bordo, desta vez do sexo masculino, a tentar resolver a situação. No entanto, quando ele se aproximou do passageiro e pediu diversas vezes para que se acalmasse, Berry acabou dando um soco no rosto dele. Meu Deus… A situação chegou a extremos tão grandes que um membro da tripulação amarrou Maxwell com fita isolante em seu assento até que o avião pousasse.

Parte da confusão foi registrada por outros passageiros, que gargalhavam enquanto o homem permanecia detido pelo restante da viagem, falando besteiras, ameaçando e xingando a todos. Ele disse que seus pais valiam “dois milhões de dólares” e ainda fez comentários racistas. “Eu sou branco”, disse Maxwell. “Desculpe, não posso mudar isso”, gritou.

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Em outro momento, ele começou a berrar a quem quisesse ouvir. “Não, f*dam-se. Vocês não têm a mínima ideia do que está vindo para vocês”, anunciou, visivelmente alterado. “Vocês são um monte de merda. Vocês sabem o que acontece agora? Guerra! Porra de guerra! Inferno, e eu vou causá-lo, p*rra. Vocês sabem por quê? Porque vocês me mataram, mano”, continuou. A certa altura de seu “discurso” ininterrupto, alguém no avião gritou para que a boca de Berry fosse fechada com fita adesiva e, alguns momentos depois, um tripulante atendeu o pedido, envolvendo a boca e o queixo de Maxwell com fita, que o funcionário da companhia aérea rapidamente retirou de sua boca.

O homem então gritou por socorro várias vezes, mas foi interrompido por um anúncio da tripulação de que o voo estava prestes a pousar. Além das agressões contra os membros da tripulação, Berry apareceu o tempo todo nas imagens com o rosto descoberto e com a máscara, importante item de proteção contra a Covid-19, puxada para baixo do queixo.

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Um dos comissários de bordo que estavam presentes no voo deu uma entrevista hilária, contando detalhes de como tudo começou e que fim levou a história. “Eu sou um comissário de bordo, isso significa que eu tenho que atender o voo. Às vezes nosso trabalho nos faz atender pessoas malucas, e se elas nos enchem demais, você precisa ‘atender’ esse bundão, sabe? Nesse voo em particular, eu estava sentando na saída de emergência, apenas olhando para aquele idiota que estava cuspindo, xingando e enlouquecendo. E eu disse ‘isso é o suficiente’, eu levantei e andei até ele. E, a propósito, o homem cheirava a um maço de cigarros Marlboro, quatro shots de álcool Everclear e arrependimento”, disse.

Segundo o comissário, foi aí que ele percebeu que algo ia dar errado… “Nesse ponto, o que ele fez foi tocar os seios das minhas colegas de trabalho. Mas o problema foi quando ele tocou as minhas tetas, porque eu não estava brincando. Então o que eu fiz foi tirar a fita adesiva, ele ficou assustado e começou a gaguejar, dizendo: ‘calma, espere um minuto’. Eu disse: é, eu estou prestes a mumificar a sua bunda, cara! Então nós o embrulhamos, melhor do que qualquer presente de Natal que você já viu. Ele não vai entrar em nenhum voo da Frontier Airlines mais, de jeito nenhum”, concluiu.

Berry enfrenta consequências e comissários ganharam licença de seus deveres

Após o episódio chocante, a Frontier Airlines disse em um comunicado na terça-feira (3) que os comissários de bordo seriam “dispensados de voar” enquanto investigavam o ocorrido. “A Frontier Airlines mantém o maior valor, respeito, preocupação e apoio para todos os nossos comissários de bordo, incluindo aqueles que foram agredidos neste voo”, declarou a empresa. “Estamos atendendo às necessidades desses membros da equipe e trabalhando com a lei para apoiar totalmente o processo contra o passageiro envolvido”, concluiu.

Mais tarde, no mesmo dia, a companhia, que enfrentou críticas por ter afastado os comissários de seus afazeres, informou que a licença remunerada estava alinhada com a política da empresa quando seus funcionários enfrentam “um evento dessa natureza”.

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Na ocorrência, os policiais responsáveis pela apreensão do baderneiro disseram que vários outros passageiros tiveram de ajudar a conter Berry, fato que é comprovado pelos vídeos. Um extensor de cinto de segurança também foi usado como restrição, segundo as autoridades locais.

O Departamento de Polícia de Miami, disse, ainda, que Maxwell foi acusado de três contravenções diferentes. Após o registro das queixas no Departamento de Correções e Reabilitação de Miami, no domingo (1º), Berry foi liberado e deve ir ao tribunal nos próximos meses.

Maxwell Berry foi preso e acusado de três contravenções diferentes pelo Departamento de Correções e Reabilitação de Miami, no domingo (1º). (Foto: Reprodução / TMZ)