“Censo do Sexo” revela quais fetiches são os mais comuns entre os brasileiros; confira

Estudo entrevistou quase duas mil pessoas de todos os gêneros e orientações sexuais do Brasil

Censo Do Sexo (1)

Imagina a moça do censo tocando a sua campainha e perguntando qual o seu maior fetiche sexual… Que loucura! Kkkkk Mas calma, não é bem assim! Uma pesquisa feita pela empresa de brinquedos eróticos Pantynova revelou quais são os fetiches que mais atraem os brasileiros. O estudo, intitulado “Censo do Sexo”, conversou com 1.813 pessoas nascidas a partir dos anos 2000, de todas as regiões, gêneros e orientações sexuais do Brasil, para entender um pouco mais sobre nosso comportamento na hora da nhanhação.

De acordo com a análise, o famoso ménage à trois é o campeão entre os heterossexuais, bissexuais e homossexuais. A pesquisa detalha que 51% dos entrevistados tem vontade de encarnar a “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e realizar um sexo a três. Além disso, o projeto mostra que a população também curte bastante um sexo em público, segundo fetiche mais comentado entre os participantes.

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O BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) levou a medalha de bronze e garantiu a terceira posição entre os desejos dos brasileiros. Parece que Christian Grey fez escola aqui no Brasil, hein?! Por fim, o golden shower (desejo que envolve um parceiro urinar no outro), o cross dressing (ato de se vestir como o sexo oposto) e o fetiche por pés completam a lista criada pela sexytech.

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Pack do pezinho também apareceu na lista (Foto: Femme Spirit On Unsplash)

Quando separado por orientações sexuais, o relatório afirma que os brasileiros heterossexuais possuem bastante curiosidade no sexo anal, enquanto os bissexuais se interessam nas práticas do prazer pela dor e no sexo em público. Já entre os homossexuais, o destaque também vai para o BDSM, além do voyerismo (quando a pessoa tem prazer em observar relações íntimas de terceiros).

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A psicanalista Joana Waldorf explicou o possível motivo pelo sexo a três ter sido a escolha majoritária dos entrevistados. Segundo ela, o desejo está relacionado à vontade escondida de quebrar tabus. “Aqui o fetiche está sendo usado no senso comum, o que corresponderia a uma fantasia sexual, ou seja, quais os roteiros a gente cria e conhece para obter excitação”, definiu. “O fetiche constitui um desvio da sexualidade dita ‘normal’, que corresponde ao que se estabeleceu como regra. Logo, o fetiche sempre vai estar relacionado aos tabus da época, e como todo tabu, basta proibir, dizer ‘não pode’, que a excitação é certa”, acrescentou.

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Práticas de dominação também se destacaram (Foto: Artem Labunsky On Unsplash)

Sendo assim, Waldorf detalha: “Os dados apresentados mostram o sexo a três, o BDSM e o sexo em público como principais citados. São três grandes tabus. O sexo a três, por exemplo, foge à norma monogâmica. O BDSM fala de controle, dor, sadismo e masoquismo, sentir e infligir dor. A dor, durante muito tempo, foi associada à absolvição de pecado, práticas como expiação, ‘purificação’ dos corpos ‘impuros’. Em relação ao sexo em público, a excitação, muitas vezes, aparece por envolver o risco de ser flagrado e/ou um exibicionismo, e por lei, é um atentado ao pudor. Tudo isso, de certa forma, passa por proibições, inclusive jurídicas, que acabam por aumentar a tensão das práticas e fantasias”.

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O levantamento ainda revelou um dado curioso sobre a relação do sexo com as eleições de 2022. Segundo o texto, para 88% dos brasileiros, é essencial manter um relacionamento com pessoas que tenham o mesmo posicionamento político. Quem diria, não é mesmo?

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