Momento de colocar os pingos nos is… A participação de Dayane Mello no “Hora do Faro” foi ao ar neste domingo (5), após a modelo ser eliminada de “A Fazenda 13”. Durante uma sabatina com os convidados, a finalista do “Grande Fratello” teve de responder sobre algumas de suas falas no reality rural, que foram consideradas racistas, misóginas e preconceituosas.
Logo no início da dinâmica do quadro “A Última Chance”, Day foi confrontada com trechos em que falou mal da aparência de algumas peoas, além de quando comentou que precisava estar “branquinha” para trabalhar como modelo – citação que causou muita revolta fora da casa. “Quando eu falei, eu tava conversando com o Rico sobre tendência, porque ele disse pra mim: ‘Você deveria ser mais morena'”, iniciou ela.
Dayane repetiu, diversas vezes, que seus comentários faziam menção ao mercado da moda. “Não tinha nada a ver com a cor de pele, era simplesmente o fato de que eu sou modelo e eu sigo uma tendência – quando é inverno, eu tenho que estar com o cabelo mais escuro, não posso pegar muito sol e tenho que estar com a pele mais branca. Eu estava falando sobre mim, não estava falando sobre racismo”, afirmou.
Leo Dias mencionou que Day já havia falado da cor da pele de Mileide Mihaile, além do cabelo de Sthefane Matos, e quis saber se ela não via como isso tudo teria causado sua eliminação. “Eu não vejo… Aqui fora, é tudo muito amplo. Os nossos sentimentos eles não conseguem ultrapassar para os olhos [do público] o que a gente tá sentindo. Foram muitos sentimentos e muitos momentos de frustrações ali”, disse Mello, falando também sobre ter rasgado a jaqueta de Rico Melquíades.
A modelo alegou que não é racista, argumentou que já namorou pessoas negras, mas insistiu em suas opiniões sobre corpos das mulheres. “Eu tive namorados negros, eu nunca fui racista na minha vida, essa é grande verdade. Eu sou uma mulher que tem opinião. Não tenho problema de dizer, gosto de magra, gosto de musculosa, gosto de mulher com celulite. Inclusive, eu falei: ‘Não gosto do corpo da Marina, não acho mulher muito musculosa muito bonita'”, acrescentou.
Depois que Day assistiu a outros VTs, Rodrigo Faro mencionou que comentários dela sobre não se sentir brasileira, além de falas como “cabelo de poodle”, “orelha de Dumbo”, entre outras observações sobre corpos e personalidades de participantes pegaram mal entre o público. A ex-peoa tentou se defender: “Eu não estava falando sobre pessoas quando falei sobre elegância, eu tava falando sobre mim. Eu falei muito sobre a minha carreira de modelo, o conceito do que precisa ser, como ser. Eu não vou ser hipócrita de dizer que, quem sabe, em alguns momentos eu falei coisa que não deveria por ser muito instintiva”. Assista:
Em outro bloco, Keila Jimenez quis saber se Dayane não sentia que faltou defender mais as mulheres da casa – depois de tanto alfinetar peoas, e até mesmo abordar um antigo relacionamento abusivo de Marina Ferrari. “Eu acho que não. Quem sabe foi o meu modo de me expressar muito mal. De ter feito: ‘poxa, escolheu a pessoa errada’. Eu acho o fato de você ser submissa por oito anos, apanhar… A gente não tá na pele das pessoas, a gente não sabe o que ela tá vivendo. Mas tu não pode levar os teus traumas e julgar as pessoas dessa maneira. Dizer: ‘Ah, porque você fala um pouquinho grosso comigo você é aquilo, você pode bater em mulher’”, devolveu.
Mello bateu o pé e negou ter sido machista, ou ter se colocado contra as peoas. “Eu não acho que eu fui contra as mulheres da casa. Pelo contrário. Eu trabalho com a moda, eu falo porque eu tô expondo a minha opinião como mulher. Não é um problema eu dizer que eu acho um corpo que tem celulite e que tem as dobrinhas mais bonito que uma mulher musculosa. Qual o problema? Essa é a minha opinião”, reforçou ela.
O apresentador pegou a deixa sobre a fala do mercado da moda, e questionou Dayane sobre quando ela disse que não podia ficar “mais moreninha”, porque a indústria queria um corpo “mais elegante”. “Nesse momento, eu estava falando simplesmente de tendência. Eu estava falando sobre mim. Eu trabalho no mundo da moda, e quando é inverno, que eu tenho que fotografar roupa de inverno, eu não posso estar morena. Eu tenho que tá mais branca. Eles não me compram. Eu não posso tá com o cabelo cheio de mecha. Eles não querem”, declarou Dayane.
“Mas uma modelo negra não pode fotografar na neve?”, insistiu Faro. “Eu nunca falei sobre negra”, rebateu Mello. Leo Dias comentou que ela estaria apenas citando qual seria a situação do mercado da moda na Europa, quando a ex-participante do Big Brother italiano concordou. “Eu falo da tendência do meu mercado do meu trabalho como modelo. Quem mora lá fora sabe como é”, pontuou.