Apresentador da Globo se emociona ao homenagear o pai no Dia da Consciência Negra, e faz discurso poderoso sobre racismo — assista!

Impossível conter a emoção! Nesta sexta-feira (20), o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra. Embora o país não tenha dado muitos motivos para comemorar a data, com números crescentes de casos de racismo estampando as manchetes, algumas histórias precisam e merecem destaque hoje. É o caso do apresentador Pedro Lins, que comanda o telejornal NE1, da Globo Pernambuco. Ao homenagear a história de seu pai, o jornalista ficou com a voz embargada com um discurso inspirador.

“Neste Dia da Consciência Negra a gente também reforça o quanto é importante você se aceitar do jeito que é. Ter orgulho da sua história, das suas origens”, começou Pedro, antes de explicar que a edição do jornal faria algumas homenagens. “Vou pedir licença para começar essa homenagem com a foto de alguém que foi fundamental para a minha vida. Esse aqui é o meu pai, Pedro Lins de Sousa”, apresentou o âncora.

O jornalista até tentou, mas ficou difícil esconder a emoção ao falar sobre alguém que tem tanta importância em sua vida. “Ele não teve as mesmas oportunidades que tive. Não pode estudar porque tinha que trabalhar, mas batalhou a vida toda para que todos os 11 filhos tivessem uma vida melhor que a dele”, contou Pedro, enquanto a foto do patriarca era mostrada na tela.

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Em seu Instagram pessoal, o apresentador do NE1 publicou o vídeo do momento, e ainda escreveu mais algumas palavras sobre o pai. “Ele sempre me falou sobre o poder transformador da educação, apesar de não ter tido oportunidade de estudar, de frequentar uma escola. E me ensinou a ser forte, a não ter medo do mundo, a reconhecer minhas próprias limitações mas, sobretudo, me ensinou o que é respeito, caráter e dignidade. Ele não pôde assistir à essa homenagem, mas tenho certeza que ficaria muito feliz. Obrigado, pai!”, compartilhou.

Em outro momento do telejornal, Pedro Lins também protagonizou um discurso poderoso sobre o dia da Consciência Negra. “Hoje é mais um dia para reforçar uma luta que é diária. A luta por igualdade, oportunidade, dignidade. Dizer que o racismo não existe é querer fugir de uma responsabilidade que todos nós temos, o respeito ao ser humano. Respeito a cada um que está aqui nesse painel”, indicou o jornalista para outros homenageados do dia.

“Olhar o outro não pela cor da pele, mas pelo caráter, trabalho, capacidade de demonstrar afeto e sentimento. Foram quase quatro séculos de um covarde e cruel período de escravidão. Uma história que separou brancos e pretos, que deu oportunidade para o branco estudar e obrigou o preto a trabalhar. Hoje eu, você, todos nós temos a oportunidade de fazer diferente e escrever uma nova história. Uma história de união, de amizade, de respeito, de oportunidade”, afirmou.

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Para finalizar, Pedro deu um conselho que deveria ser seguido por todos. “Lutar por um mundo justo tem que ser uma missão de todos nós. O combate ao racismo, a intolerância, ao preconceito, deve começar dentro da gente, revendo as nossas atitudes, nossas conversas. Que possamos enxergar a beleza do outro nos mínimos detalhes. E que haja sempre respeito e oportunidade”, frisou.