Meu Deus, que tristeza! O ator português Bruno Candé Marques foi morto a tiros na tarde de sábado (25), na avenida principal de Moscavide, em Loures, nos arredores de Lisboa. O autor dos disparos é um homem de 80 anos, que foi detido no local. A família do artista de 39 anos alega que o ataque teria motivação racista.
De acordo com o “Jornal de Notícias”, Bruno estava sentado em um banco, na companhia de sua cachorra, quando foi abordado pelo idoso, que estava voltando de um bar. O assassino, então, derrubou o ator no chão e efetuou quatro disparos à queima-roupa, três no braço e um no peito dele.
Segundo testemunhas que estavam no local, o enfermeiro aposentado ainda teria dito vários insultos racistas, entre eles, “Vai para a senzala”, antes de matar Bruno. O artista foi atendido por uma equipe médica, mas faleceu no local. O idoso, cuja identidade não foi revelada publicamente, tentou fugir, mas foi impedido por pedestres que o seguraram até a chegada da polícia.
De acordo com a família, Marques havia tido um desentendimento com o assassino três dias antes, após o idoso agredir a cachorrinha dele e ameaçá-lo de morte. “Bruno foi barbaramente assassinado, alvejado à queima-roupa com 4 tiros na rua principal de Moscavide. O assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas”, declarou a nota divulgada pelos familiares.
“Face a esta circunstância fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime hediondo. Os filhos, a família e amigos do Bruno Candé Marques perderam um pai, um filho, um irmão e um amigo cuja vida foi ceifada pelo ódio, uma perda irreparável. Prestamos homenagem ao Bruno e exigimos que a justiça seja feita de forma célere e rigorosa”, conclui o comunicado enviado à imprensa portuguesa.
Bruno deixou três filhos, dois meninos de 7 e 6 anos e uma menina, de 3. Os familiares afirmaram que o artista era “uma pessoa extremamente afável e sociável, o tio preferido dos sobrinhos e um pai brincalhão, dedicado e ligado à sua família, à sua mãe”.
Ele era ator da companhia de teatro Casa Conveniente desde 2010, e participou de diversas telenovelas, como “Rifar o Coração” e “A Única Mulher”, produção da TVI que o trouxe reconhecimento em 2015.
Segundo o jornal “Renascença”, o assassino foi ouvido pela Polícia Judiciária e negou que o crime tenha motivações racistas. Ele confirmou a desavença com a cadelinha e explicou que a morte teria sido causado pela discussão. O homicídio está sendo investigado, e o idoso segue detido pela polícia.