Foi por muito pouco! No último final de semana, Rafael Cunha fez história no “Domingão”, tornando-se o primeiro participante do “Quem Quer Ser Um Milionário?” a chegar na pergunta do milhão. Nesta terça-feira (28), a produção do programa revelou que o professor chegou a acertar uma outra pergunta que valeria R$ 1 milhão, mas quando já estava fora do jogo.
Com o fim da gravação, Luciano Huck fez uma brincadeira com o competidor e o desafiou a se arriscar numa outra pergunta do milhão. O apresentador questionou: “Maria Quitéria de Jesus Medeiros recebeu o título de cavaleiro da ordem imperial do cruzeiro por seu desempenho em qual dessas guerras? a) Guerra dos Emboabas; b) Guerra da Independência; c) Guerra dos Mascotes; d) Guerra de Canudos”.
Sem a pressão do game, Rafael raciocinou e chegou num palpite. “Canudos é Brasil República. Eu iria na letra B, mas é mais fácil falar agora que eu estou mais calmo. Guerra da Independência”, respondeu o professor. “Valendo 1 milhão de reais a resposta está…”, disse Luciano, revelando que aquela era a alternativa correta. “Ah! Acertei, né?”, comemorou o participante. “Acertou, de primeira!”, surpreendeu-se Huck, agradecendo pela presença do competidor. Assista ao vídeo abaixo:
No último “Quem Quer Ser Um Milionário?” do ano, Rafael Cunha levou pra casa uma bolada de R$ 500 mil. Em quatro anos de existência do quadro, ele foi o único participante a chegar na etapa final da competição. No episódio, a pergunta do milhão indagava qual a origem do nome da tecnologia Bluetooth. O professor preferiu não se arriscar e garantir a bolada que já havia conquistado. Caso contrário, ele poderia errar e levar apenas R$ 50 mil. A resposta correta era letra B: Rei – uma referência ao rei Harald do Dente Azul, que governou a Dinamarca nos anos de 958 e 986.
Pela primeira vez, a pergunta do milhão foi feita!
Você acertaria?#QuemQuerSerUmMilionário #Domingão pic.twitter.com/NFzrJCZu7s
— Domingão com Huck (@domingao) December 26, 2021
Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (27), Rafael contou o que fará com o dinheiro. “Estou recebendo muitas mensagens, de amigos e ex-alunos que não vejo há mais de dez anos. Estou impressionado com o grande alcance, com a repercussão. Estou vivendo até mais que meus 15 minutos de fama. Mas como falei no programa, meu objetivo é proporcionar mais conforto e paz aos meus avós e meus pais. Não perdi meu foco”, afirmou ele.
Todo esse dinheiro o fez considerar quitar seu apartamento em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, mas a ideia já foi deixada de lado – assim como qualquer “excentricidade” que poderia passar pela cabeça. “Vou perder rentabilidade. Vou me dedicar a proporcionar mais conforto à minha avó paterna, que tem 100 anos, e ao meu avô materno de 90 anos, que vive na Região Serrana, que requerem cuidados especiais dos meus pais e da família. Poderia pensar em trocar de carro, mas não. Vou programar uma viagem de férias com minha esposa para comemorar o prêmio. Não vou sair gastando por aí. Eu sei o que não quero fazer”, acrescentou.
A longo prazo, Rafael também planeja passar uma temporada no exterior estudando inovação em educação. Formado em direito, ele trilhou sua trajetória nas salas de aula e hoje em dia leciona sobre redação para candidatos ao Enem. “Posso dizer que tenho mais de 30 anos em salas de aula, sendo há 23 anos como professor”, mencionou Cunha, que é diretor-executivo e professor em uma startup de educação e tecnologia. “Fiquei muito satisfeito de participar de um programa que tem conhecimento como base. Como eu disse no programa, estudar mudou a minha vida. Estudar transforma a vida das pessoas”, concluiu.