Uma visita ao passado! Após a vitória no “BBB 20”, Thelma Assis contou mais de sua história ao Gshow, e deu detalhes sobre a ocasião em que descobriu ser adotada. Em entrevista, a anestesista também falou sobre a alegria e importância de representar um “incentivo para as mulheres pretas”, e expôs mágoas com sisters.
Após entrevistas de seus familiares, a própria vencedora do reality detalhou como soube que era adotada. “Aos 15 anos, recebi um telefonema anônimo no orelhão da rua. Na hora, fiquei desconectada e ‘bugada’ por um tempo”, relembrou. Mas Thelminha já havia desconfiado dessa questão ao observar sua certidão de nascimento, que indicava que seu nascimento teria acontecido em casa. “Minha mãe sempre falava que eu tinha nascido do coração dela. Ela nunca mentiu, omitiu”, acrescentou.
“Ela acreditava que eu só teria maturidade para entender tudo aos 18 anos. Para mim, nada mudou quando conversamos. Sempre acreditei que mãe é quem dá amor e quem cria!”, completou Thelma. A médica também não pretende procurar por seus pais biológicos. “Nunca tive vontade de conhecer a minha família biológica ou de buscar questionamento sobre o passado. Virei essa página e não é uma situação que me dói. Estou bem resolvida com essa história”, confessou.
Enquanto isso, ela já planeja aumentar sua família com o marido, Denis Santos. “Já estou com 35 anos e chegando no limite, mas faço planos para ter meus bebês daqui a dois anos no máximo e vou entrar na fila da adoção também”, contou a paulista, que pretende congelar seus óvulos. Thelma ainda posou como uma rainha para seu ensaio fotográfico, dá uma olhada:
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No bate-papo, Thelma disse que seus desentendimentos com Flayslane ficaram no passado: “Era um jogo e só desejo sucesso para ela na carreira”. Por outro lado, ela ficou chateada ao assistir posicionamentos de amigas na casa. “Fui amiga de Marcela e Gizelly, que admiro como mulheres. Não enxerguei algumas atitudes delas na casa e me doeu saber de algumas conversas delas quando saí”, pontuou.
Apesar de tudo, ela deseja o melhor para Marcela e Gizelly. “Neste momento, só desejo muita sorte e que elas sejam felizes”, continuou a anestesista, que fez questão de elogiar Babu Santana, Rafa Kalimann e Manu Gavassi – seus amigos mais próximos na reta final. “Pessoas com quem me identifiquei demais em vários sentidos”, falou a musa, que pretende seguir a amizade com o trio fora do confinamento.
Thelma também abordou a luta diária contra o racismo. “Difícil falar sobre uma pessoa que julga a outra pela cor da pele em pleno 2020… A melhor arma contra o racismo é exatamente o que eu fiz no programa. Levantar a bandeira, mostrar a nossa força e ocupar o nosso lugar de fala na sociedade. Para os racistas, vale lembrar que já conquistamos o nosso direito judicialmente”, reforçou.
Para a médica, ser um incentivo para muitas mulheres é um grande orgulho. “Saber que existem jovens que olham para mim e que se inspiram em mim me motiva para fazer mais. Dá um frio na barriga porque não era a minha realidade há três meses. Quero ser o incentivo que mulheres pretas precisam para superar e vencer”, declarou ela. “Na minha época não era comum ver mulheres pretas como ícones de sucesso, força e beleza”, adicionou.
Thelma também reforçou a importância da representatividade. “Na minha adolescência, eu alisava os meus cabelos até queimar o couro cabeludo e fui vítima de um padrão. Hoje sinto a maior liberdade de ter o meu black power ou tranças. A causa da transição capilar é muito maior do que um cuidado com os cabelos. É sobre quem eu sou e a minha origem, de conseguir me enxergar sem qualquer tipo de vergonha”, afirmou. Certamente, um ícone a ser admirado…