[ALERTA! – O texto abaixo contém spoilers da 1ª temporada de “House of The Dragon”]
A 1ª temporada de “House of The Dragon” chegou ao fim neste domingo (23) e Olivia Cooke, intérprete de Alicent Hightower, falou sobre os momentos mais polêmicos da trama, bem como as comparações entre sua personagem e Cersei Lannister, de “Game of Thrones“, em papo com a Variety.
A conclusão da trama, que deu início à famosa Dança dos Dragões, contou com cenas controversas, especialmente uma conversa entre Alicent Hightower (Cooke) e Larys Strong (Matthew Needham). Para os que não se lembram, no 9º capítulo, a rainha descobre através do lorde que sua serva, Talia, é uma espiã. No entanto, para obter mais informações dele, Alicent precisa mostrar seus pés enquanto ele se masturba na frente dela.
O momento chocou o público e levantou um questionamento: quem tinha o verdadeiro poder naquela cena, Alicent ou Larys? Cooke respondeu essa pergunta e apontou que, aos seus olhos, a situação foi um “cabo de guerra” de poder. “Ela (Alicent) sabe o que Larys pode fazer, quão poderoso ele é e como ele não vai deixar de matar toda a sua família para progredir neste tribunal. A dinâmica muda ligeiramente o tempo todo ao longo da cena. Ele provavelmente tem mais peso. É difícil, porque ela não tem escolha a não ser concordar com muitas das coisas que ele faz”, refletiu a atriz.
“Ela precisa da informação. Em última análise, ela sabe como ela vai conseguir. Se ela não tiver a informação, pode resultar na sua morte ou na sua usurpação ou na morte dos seus filhos. Eu não acho que nada disso seja levado de forma leve. É apenas uma necessidade absoluta, infelizmente. Acho que não há manipulação. É só que ela precisa da informação, e é assim que ela a obtém”, afirmou.
Assim como os fãs, a artista não se sentiu confortável com a atitude da personagem, mas reforçou que Alicent só fez por pura necessidade. “É nojento, é humilhante, é uma agressão. Mas ela não tem realmente nenhuma escolha. Ela se cercou de psicopatas e assassinos. Não há mais ninguém a quem recorrer. Talvez ela tenha pensado que poderia recorrer a Talia, mas acabou sendo uma espiã”, lamentou.
Comparações
Os extremos aos quais Alicent chegou lhe renderam, ainda, comparações à Cersei Lannister. Assim como a líder dos Verdes, a personagem de Lena Hadey em ‘GOT’ cometeu atrocidades e se submeteu a situações humilhantes para garantir a segurança dos filhos. Para Olivia, as duas personagens são muito diferentes, mas ela entende por que os fãs enxergam alguns paralelos, incluindo a vilania.
Cooke apontou, no entanto, que Alicent é “muito mais insegura” e que, ao contrário da loira, suas atitudes são guiadas pela pressão que ela mesma se colocou em ser uma pessoa “correta”, e não pela ambição pelo trono. “Elas sempre serão comparadas. No discurso online, tende a ser mais preto e branco de quem é o herói e o vilão. Eu acho que elas são realmente diferentes, no entanto, e limitei a quantidade de vinho que bebi nas cenas porque não queria que a comparação fosse muito transparente”, brincou a morena.
“O que Lena Headey fez com Cersei foi tão brilhante. Ela era uma das minhas personagens favoritas, porque mesmo sendo tão insultada, ela é motivada pelo amor duradouro por seus filhos. Nesses parâmetros, ambas (Alicent e Cersei) farão qualquer coisa por seus filhos. Mas acho que Alicent é muito mais ansiosa e insegura, e não acho que Cersei tenha isso”, avaliou.
“Ela acredita completamente em cada golpe que desfere. Eu não acho que Alicent tenha isso. Ela foi tão derrotada pelo sistema patriarcal em que ela está, por seus filhos, tentando fazer as coisas sem parar e andar em uma linha tão estreita e reta. Ela se colocou sob uma pressão tão imensa. Você pode ver Alicent se desgastando o tempo todo, enquanto Cersei é tão forte e formidável o tempo todo”, concluiu.
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