Ratinho sugere ao vivo eliminar deputada do PT, Natália Bonavides, com ‘metralhadora’; congressista anuncia processo – Assista

Nesta quarta-feira (15), o apresentador Carlos Roberto Massa, mais conhecido como Ratinho, fez declarações pesadas sobre a deputada federal Natália Bonavides, do Partido dos Trabalhadores (PT), e acabou entre os tópicos mais comentados do Twitter.

Durante o programa “Turma do Ratinho”, transmitido na rádio Massa FM, sediada em Curitiba (PR), ele sugeriu que a congressista, eleita pelo Rio Grande do Norte, fosse “eliminada com o uso de uma metralhadora”. O ataque à deputada aconteceu depois que um projeto de lei de sua autoria, que pretende retirar a expressão “marido e mulher” da união civil e em celebrações de casamentos, veio à tona. A ação sugere substituir o termo “marido e mulher” para “declaro firmado o casamento”.

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“Natália, você não tem o que fazer, não? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa, costurar a calça do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade querer mudar esse tipo de coisa”, disparou Ratinho, em tom nitidamente machista. “A gente tinha que eliminar esses loucos! Não dá para pegar uma metralhadora, não?”, questionou ele, por fim. Confira:

O conteúdo, na íntegra, pode ser assistido neste link.

Bonavides, por sua vez, se defendeu da fala do apresentador nas redes sociais. No Twitter, a deputada apontou que a declaração de Ratinho é criminosa, já que colocou em risco sua integridade física. “O apresentador Ratinho sugeriu que eu fosse metralhada em programa visto por milhares de pessoas. Incitar homicídio é crime! Ele coloca a minha vida e minha integridade física em risco. Ratinho ainda disse que eu fosse lavar as cuecas de meu marido”, escreveu ela em seu perfil.

“Essas ameaças e ataques covardes não ficarão impunes. O apresentador utilizou uma concessão pública para cometer crime. Vamos acioná-lo judicialmente, inclusive criminalmente”, reforçou a congressista.

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Ao Estadão, Natália afirmou que contatou a Procuradoria da Mulher na Câmara, órgão que representa judicialmente deputadas que foram alvos e vítimas de violência e discriminação. “A declaração foi absurda e criminosa, porque incitou violência contra mim. Ontem, estive na procuradoria legislativa, que vai me representar em ações tanto civis quanto criminais. Vamos tomar medidas também em relação à rádio, que é uma concessão pública, o que torna ainda mais grave o acontecido”, prometeu ela.