Nesta quarta-feira (10), a escritora J.K. Rowling fez uma longa carta na qual expunha suas ressalvas quanto ao ativismo trans, após diversas acusações de transfobia. No entanto, no relato, ela também citou ter sido vítima de abuso sexual e de violência doméstica na época do seu primeiro casamento. Agora, Jorge Arantes, seu ex-marido, se manifestou.
Em entrevista aos jornais The Sun e Mirror, o autor inicialmente fugiu do assunto. “Se ela diz isso, então é com ela. Não é verdade que eu a agredi”, alegou. Entretanto, Arantes acabou confessando a agressão, após a pressão da imprensa. “Eu dei um tapa em Joanne”, revelou ele, que tem uma filha de 26 anos com Rowling.
Apesar de ter assumido a agressão, ao ser questionado, o jornalista português negou a acusação de abuso. “Não houve abuso constante. Eu não abusei dela”, afirmou. Jorge ainda mostrou não se arrepender da violência. “Eu não lamento por ter dado um tapa nela”, admitiu. Ele também entrou em contradição ao falar com o Daily Mail. “Não houve violência doméstica, nem violência sexual”, alegou.
Menção à agressão de Jorge Arantes
Em sua carta, Rowling revelou: “Eu tenho estado sob os olhos do público agora há mais de vinte anos e nunca falei publicamente sobre ser uma sobrevivente de abuso doméstico e sexual. Não porque estou envergonhada que essas coisas tenham acontecido comigo, mas porque é traumático revisitar e lembrar”.
A criadora da saga “Harry Potter” mencionou que seu casamento com Arantes acabou, mas as cicatrizes continuaram. “Eu consegui escapar do meu primeiro casamento violento com alguma dificuldade, mas eu agora estou casada com um homem bom e de princípios, segura e salva de jeitos que eu nunca pensei estar. No entanto, as cicatrizes deixadas pela violência e o abuso sexual não vão desaparecer, não importa o quão amada você seja, nem quanto dinheiro você ganhou”, escreveu ela.
Apesar de opiniões controversas quanto ao movimento trans, J.K. disse ter empatia por mulheres trans que, assim como ela, foram vítimas de violência por homens. “Como toda outra sobrevivente de abuso doméstico e sexual que eu conheço, eu não sinto nada além de empatia e solidariedade em relação às mulheres trans que foram abusadas por homens”, desabafou.
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