Uma nova mulher! Após pedir demissão da TV Globo em 2019, Rafa Brites mudou completamente seus hábitos. Em entrevista à revista Quem, publicada nesta quarta (2), a apresentadora explicou os motivos pelos quais saiu da emissora em que atuava como repórter do Superstar e do Mais Você. Agora, a escritora é totalmente dedicada em dar cursos, palestras e escrever livros que ajudem seus seguidores a rever qual o real propósito da vida, assim como a própria fez.
Embora estivesse em ascensão no canal carioca, Rafa viu se guiando na carreira por parâmetros que não faziam mais sentido. “As pessoas falam para mim ‘Poxa, você era uma promessa lá dentro’. Eu estava em ascensão, trabalhando no Mais Você e no Superstar. Sou muito grata pelo tempo que passei lá, meu marido Felipe Andreoli, continua trabalhando na Globo. Sinto que foi muito importante eu estar lá, mas em algum momento eu senti que o que alimentava a minha trajetória era o meu ego. Senti que ser mais famosa, estar mais bem vestida, estar num protagonismo… uma hora eu vi que queria mais e mais disso. Então, já não importava mais a mensagem que eu estava passando, e sim o quanto eu estava aparecendo”, revelou.
A mudança de prioridades e ideais não impactou apenas no emprego, mas também em toda uma forma de viver, e no padrão de consumo. “Ter uma bolsa de marca era para mim como um cartão de visita que antecedia minha chegada. Por meio daquela bolsa, daquela joia que eu tinha comprado, eu já dizia ‘eu sou uma mulher de sucesso’. Só que eu passei a rever o que é sucesso, e pra mim não é dinheiro, não é ter joia. Sucesso pra mim é colaborar com o mundo, mudar a vida de alguém, fazer algo com propósito. Antes meu propósito de vida era algo comigo mesma”, refletiu Brites.
O desapego foi tanto que ela doou peças do seu vestuário bem caras, como as bolsas Birkin, da grife Hèrmes, que custam, a partir de R$ 50 mil e trocou as marcas internacionais por brasileiras. Além disso, parou de usar joias, pois os acessórios não estavam fazendo mais sentido para a mãe de Rocco, de três anos. “O que eu achei que tinha só por metida a besta, eu doei. Doei duas Birkin. Hoje em dia eu acho descabido alguém usar essa bolsa. Passei a comprar roupas de marcas brasileiras. Antes eu queria ir numa festa com roupa da Chanel, Prada, Versace… hoje eu faço questão de dizer que são de marcas de brasileiras que estão empreendendo, gerando renda para o país e com preço justo”, pontuou.
“Algumas coisas que faziam sentido, como uma bolsa preta, cara e bonita, eu continuo usando. Me desfiz de relógio Rolex que não preciso. Minha aliança, que ganhei do meu pai, que era da minha avó, fiquei porque tem um sentido pra mim. Tudo é sobre se questionar qual a motivação de ter algo, e se não for a felicidade plena, é insegurança”, acrescentou. Faz bastante sentido, né?!
“Hoje eu me sinto bonita. Sinto que o que era beleza pra mim era falso…. Até uma certa idade, era o máximo que podia me aproximar do padrão que eu sempre vi. Só que existe esse movimento muito maravilhoso que beleza é expor quem você é. Não tenho medo de raspar o cabelo, por exemplo, porque minha beleza não está ali”, concluiu ela. Sem dúvida alguma, vale para pararmos e refletirmos sempre sobre o porquê de nossos hábitos de consumo… Seriam fruto de uma real necessidade material, ou de outra ordem?!