Uma mulher da Califórnia, nos Estados Unidos, teve que amputar os braços e as pernas após comer um peixe mal passado. Laura Barajas, de 40 anos, contraiu uma infecção bacteriana grave por conta da ingestão do alimento.
O mal estar de Laura iniciou há cerca de dois meses, após a ingestão de tilápia comprada em um mercado local e preparada por ela mesma em casa. Quando ela foi internada no hospital, foi identificado que Laura contraiu uma infecção causada pela bactéria vibrio vulnificus, encontrada em espécies marinhas, mas pode infectar peixes de rio em casos raros.
O patógeno normalmente é eliminado em qualquer processo de cozimento ou mesmo durante o congelamento, mas, quando é ingerido por humanos, pode levar a complicações graves. Laura passou a não responder ao tratamento padrão e entrou em coma. Desde então, ela segue lutando pela vida.
“Ela quase perdeu a vida. Ela estava usando um respirador, foi colocada em coma induzido e enfrentou complicações graves, incluindo sepse e insuficiência renal. Seus dedos, pés e até mesmo o lábio ficaram pretos”, contou Anna Messina, amiga de Laura, ao canal de notícias americano KRON.
Como última alternativa, já que enfrentava uma infecção generalizada e falência nos rins, a mulher teve os braços e as pernas amputados na última quinta-feira (14). A decisão foi tomada para impedir que os tecidos mortos acumulados nessas regiões agravassem a infecção. “Tem sido muito pesado para todos nós. É terrível. Isso poderia ter acontecido com qualquer um de nós”, acrescentou a amiga de Barajas.
Messina diz que ela e a família de Laura, incluindo sua filha de 6 anos, ainda esperam para saber mais detalhes sobre o que aconteceu. Ela também espera que as pessoas percebam como a vida pode ser preciosa. “Seja grato pelo que temos agora, porque pode ser tirado tão rapidamente e facilmente”, afirmou.
Recentemente o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) emitiu um alerta sobre uma perigosa infecção bacteriana, que pode resultar do consumo de peixe cru ou mal cozido ou da exposição de uma ferida aberta às águas costeiras. Acredita-se que a mesma bactéria tenha causado a condição atual registrada pela mulher. Além disso, o serviço de saúde informou que são registrados entre 150 e 200 casos de contágio por vibrio vulnificus por ano, e cerca de um em cada cinco infectados morre.
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