Ana Maria Braga reservou um momento do “Mais Você” desta sexta-feira (13) para defender a vacinação em massa contra a Covid-19. Acontece que, mesmo após um ano e meio de pandemia, ainda há quem duvide da eficácia dos imunizantes. Comentários do tipo ganharam força nas redes nessa quinta (12), após Tarcísio Meira, que havia recebido as duas doses da vacina, falecer por complicações da doença.
Ana Maria relembrou que contraiu o coronavírus no início de julho, quando já estava vacinada. A apresentadora, entretanto, teve apenas sintomas leves. “Como sabem, tive Covid-19 um mês atrás e se não tivesse tomado vacina e estivesse protegida, devido à minha idade e às minhas comorbidades, provavelmente não estaria conversando com vocês aqui agora”, declarou, com seriedade.
A veterana ainda fez uma importante ressalva, pontuando que os questionamentos feitos pela população devem ser outros, citando ainda a demora do Governo Federal para adquirir imunizantes, mesmo diante de ofertas feitas por laboratórios: “Tem que se discutir é por que essa vacina não chegou antes no Brasil, por que que mais gente não está imunizada há mais tempo para que se tenha menos possibilidade de infecção de outras pessoas. A discussão é para outro lado”.
Por fim, Ana revelou que tomou a CoronaVac – imunizante alvo de mentiras por parte de Jair Bolsonaro, que disse que este “não deu certo” e que “não tem comprovação científica”. A vacina, por sua vez, foi aprovada pela ANVISA, que comprovou sua eficácia, qualidade e segurança, após testes clínicos em milhares de pessoas. “Claro que deve tomar vacina! Se não tivesse tomado as doses da CoronaVac, posso falar isso com tranquilidade, eu provavelmente não estaria aqui, como muitos que não tiveram a chance de tomar a vacina e se foram”, encerrou a loira.
Vacinas salvam vidas! Acredite na ciência, vacine-se pelo seu bem e pelo bem daqueles que você ama 💉 #VacinaSim #MaisVocê pic.twitter.com/foqW1naP1q
— TV Globo 📺 (@tvglobo) August 13, 2021
Vale ressaltar que mortes ocorridas após a vacinação com duas doses contra a Covid-19 é considerado um “evento raro”, de acordo com especialistas, e não significa que a imunização não seja eficaz. Uma pesquisa da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), mostra que as pessoas completamente vacinadas correspondem a 3,68% das mortes por Covid-19 no Brasil, registradas entre 28 de fevereiro e 27 de julho. Os idosos são as principais vítimas entre os imunizados. Dos 9.878 mortos completamente vacinados, 8.734 tinham mais de 70 anos.
Em conversa com o UOL, a doutora em microbiologia Natália Pasternak, explicou como as vacinas funcionam, lançando mão de uma ótima analogia entre os imunizantes e o futebol. “Uma boa vacina é como se fosse um bom goleiro. E como sabemos que o goleiro é bom? Vamos olhar o histórico dele. A frequência com a qual ele faz defesas. Se ele defende com frequência, ele é um bom goleiro. Isso não quer dizer que ele é invicto, que ele nunca vai tomar gol. Mas, mesmo se tomar gol, ele não deixa de ser um bom goleiro”, comparou.
“Mas se o time dele for uma droga, se a defesa do time dele for uma droga, ele vai tomar mais gol, porque vai ter muito mais bolas indo para o gol, então a probabilidade de ele errar aumenta. A vacina diminui o seu risco de ficar doente, agora se você estiver numa área onde a defesa do time é ruim, onde o vírus está circulando muito, a probabilidade de você ficar doente aumenta”, encerrou Natália, que é também presidente do Instituto Questão de Ciência. Assim fica ainda mais fácil de entender, né?! Então, vamos nos vacinar, e seguir respeitando os demais protocolos de segurança, que só assim conseguiremos vencer essa difícil partida!