Meu Deus, que tristeza! Morreu, nesta segunda-feira (9), aos 24 anos, a ciclista neozelandesa Olivia Podmore. A família encontrou o corpo da atleta em casa, na cidade de Christchurch, mas não deu detalhes sobre a causa. As primeiras apurações das autoridades apontam que a jovem se suicidou. Horas antes, ela tinha feito um desabafo nas redes sociais sobre a pressão que os atletas enfrentam em suas vidas.
“O esporte é uma válvula de escape incrível para tantas pessoas, é uma luta, mas é tão alegre. O sentimento quando você ganha é diferente de qualquer outro, mas o sentimento quando você perde, quando você não é selecionado — mesmo quando você se qualifica —, quando você está ferido, quando você não atende às expectativas da sociedade, como possuir uma casa, casamento, crianças, tudo porque [você] está tentando dar tudo de si ao seu esporte, também é diferente de qualquer outro”, escreveu na publicação, que já foi deletada.
Em 2016, Olivia Podmore esteve no Rio de Janeiro representando a Nova Zelândia nas Olimpíadas. Porém, ela não conseguiu se classificar para participar dos jogos em Tóquio, que chegaram ao fim no último domingo (8). A notícia foi anunciada para os colegas da jovem justamente quando eles estavam prestes a embarcar de volta para casa. O Comitê Olímpico da Nova Zelândia (NZOC) emitiu um comunicado para a imprensa homenageando a ciclista.
“Oferecemos nossas mais profundas condolências à família, aos amigos e a outras pessoas da comunidade da Nova Zelândia que estão sofrendo por esta perda. Estamos oferecendo suporte de bem-estar para os membros de sua equipe e para a equipe mais ampla conforme voltamos de Tóquio para casa. Olivia representou a Nova Zelândia com honra e orgulho nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e na Gold Coast 2018 Commonwealth Games. Ela era um membro valioso da equipe e sua perda será sentida em toda a comunidade esportiva da Nova Zelândia”, compartilhou.
Coincidentemente, a saúde mental dos atletas foi uma importante pauta nas Olimpíadas. A premiada ginasta norte-americana Simone Biles desistiu de participar das disputas, e foi bem sincera sobre os motivos. “Acho que a saúde mental é mais importante nos esportes nesse momento. Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos, e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos“, disse.
IMPORTANTE: Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais ou considerando o suicídio, ligue para o ‘Centro de Valorização da Vida’ pelo número 188. O CVV realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Para mais informações, clique aqui.