De quebrar o coração… A cada novo detalhe que vem à tona, a tutela que controla a vida e carreira de Britney Spears se torna mais chocante e cruel. Após um depoimento explosivo, no qual a cantora revelou os abusos sofridos nas mãos do pai, Jamie Spears, foi a vez de Valerie Moise, dançarina que trabalhou com a loira na “Circus Tour”, em 2009, relembrar um triste episódio.
Em seu Instagram, que é fechado para o público, a profissional detalhou um momento absurdo que presenciou com a Princesa do Pop. No relato, divulgado ao lado de uma foto da dançarina com a voz de “Work Bitch”, Valerie contou que a artista foi arrastada, contra a sua vontade, ao palco.
“Eu me lembro de chorar nos bastidores quando a Senhorita B (Britney Spears) não queria se apresentar porque havia muita fumaça de maconha na plateia. Ainda assim, eles a arrastaram por seus braços de volta para o palco”, escreveu Moise. Na sequência, ela revelou o motivo mais do que válido pelo qual a diva teria se recusado a realizar a performance. “Ela não queria se apresentar porque se a tutela pegasse drogas em seu organismo eles iriam tirar dela seus filhos”, afirmou. Meu Deus…
“Piece of Me” dancer Valerie Moise accuses Britney’s team of dragging her by her arms back to the stage even though she didn’t want to perform because she was worried they would take her kids away if the weed smoke from the audience got into her system. #FreeBritney pic.twitter.com/gpBcP8OKUx
— Britney Stan 🌹 (@BritneyTheStan) August 10, 2021
Antigo segurança afirma que Britney “vive como uma presidiária”
Não foi apenas Valerie que se pronunciou sobre o tratamento abominável recebido pela estrela. No último domingo (7), o guarda-costas Fernando Flores, que já trabalhou para Spears, conversou com o tabloide britânico The Mirror e compartilhou detalhes das restrições impostas pelo pai da loira, que recentemente a acusou de estar “mentalmente doente”.
De acordo com o ex-policial, que fora contratado em 2010, um ano depois de Jamie assumir a tutela, Britney era forçada a viver “como uma presidiária em uma prisão de ouro” e tinha um dia a dia nada comum. “Se Britney não fosse multimilionária, ela moraria nas ruas. Ela passava os dias assistindo a coisas aleatórias na TV e cantava e dançava por toda a casa. Ela chorava sempre que ouvia a música de James Brown, ‘It’s A Man’s World'”, relembrou.
Flores contou, também, que ela nunca podia sair sozinha, tinha de pedir permissão para gastar seu próprio dinheiro e até mesmo suas ligações eram monitoradas. “Eu me sinto muito protetor em relação à Britney porque me lembro de como ela era vulnerável quando eu estava cuidando dela. Seu estado de espírito mostrava que ela sempre corria o risco de ser explorada, e temo que isso aconteça novamente”, declarou.
O segurança viu de perto a quantidade de autoridade exercida sobre a vida de Brit, que também era proibida de entrar em contato com amigos próximos. “Se Britney quisesse ir à loja comprar esmalte, nós íamos com ela. Uma vez fomos ao hotel W em Hollywood, para ver Madonna e seu estilista, e Britney queria ficar a noite toda. Mas o pai dela disse: ‘Não, você pode sair por algumas horas, mas depois precisa voltar’. Britney teve um acesso de raiva e disse: ‘Não vou fazer isso'”, recordou.
Além disso, a equipe da diva era forçada a esconder seu celular quando ela tentava contatar qualquer pessoa que não fosse permitida por seus tutores. “[Uma vez] Ela ficou com raiva de mim porque não tinha permissão para usar o telefone. Ela começou a tentar me dar um soco até que seu pai ligou e gritou com ela. Ela estava com o polegar na boca e mastigava a unha enquanto ele a repreendia. Foi como assistir a uma garotinha levando bronca”, lamentou.
Apesar da preocupação com a antiga cliente, Flores, que passou apenas oito meses ao lado da cantora, disse que não apoia o movimento #FreeBritney e insistiu que ela “está melhor” sob a tutela que lhe foi imposta. “Ela estava uma bagunça completa antes da tutela ser introduzida e, apesar de todos os seus defeitos, isso conseguiu colocar sua vida de volta sob controle. Eu entendo totalmente o movimento #FreeBritney, mas qual é a alternativa, realmente? Se a tutela for removida, arriscamos ir de volta a 2008 novamente”, opinou. “Britney ficou mais velha e, com sorte, ela amadureceu, mas não acredito que ela possa ser deixada sozinha. Ela ainda tem problemas sérios que não vão simplesmente desaparecer”, concluiu.
Britney fala sobre movimento a favor de sua liberdade
Há anos, o movimento #FreeBritney trabalha para dar visibilidade aos abusos do acordo que controla a intérprete de “Toxic”. Spears, por sua vez, nunca havia comentado explicitamente a existência da iniciativa, mas isso mudou nesta segunda-feira (9), quando a Princesa do Pop falou sobre o assunto no Instagram.
Junto a um vídeo em formato boomerang, no qual é possível ver um homem segurando a bandeira pink de apoio à loira, a cantora escreveu: “Uau, olhe aquela bandeira!!!! Fiquei tipo: ‘Minha bandeira erguida sobre a bandeira americana?!?!’… Sim… Estou me achando… isso é ruim???? Eu sei que, no meu post anterior, eu disse que vocês conhecem minha situação, mas DEIXEM-ME ESCLARECER… vocês só sabem a metade! E para muitos de vocês que dizem que devo ser cautelosa com o que posto… quero dizer, se você REALMENTE PENSAR SOBRE ISSO… Com tudo o que passei, acredito que fui MUITO CAUTELOSA”.
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A “mensagem subliminar” despertou a curiosidade dos fãs e levantou dúvidas sobre o controle das redes sociais da diva. Isso porque, antes da menção ao movimento, muitos de seus apoiadores acreditavam que a cantora não tinha acesso livre ou permissão para publicar ou falar sobre o que bem entendesse em suas plataformas. Será isso um sinal de que Brit está recuperando, mesmo que pouco a pouco, sua liberdade? Esperamos que sim!