A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a causa da morte de Marília Mendonça, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (25). Segundo as informações obtidas pelo G1, os trabalhos de necrópsia apontaram “politraumatismo contuso” em todos os ocupantes da aeronave. Além da cantora, o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana também morreram na tragédia do dia 5 de novembro.
De acordo com o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos, os ocupantes morreram com o choque do avião com o solo, já que bateram as cabeças e os corpos no impacto. Além disso, o médico disse que foram feitos exames extras com amostras coletadas das vítimas e os resultados foram negativos no teste toxicológico e de teor alcoólico. Exames anatomopatológicos também foram feitos para detectar se as vítimas tinham alguma doença pré-existente que pudesse ter interferido nas mortes, mas nada foi constatado.
A cantora de 26 anos estava a bordo do avião de pequeno porte que caiu numa área de difícil acesso em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce (MG). Ainda na coletiva de imprensa, as autoridades informaram sobre os andamentos das investigações sobre a causa da queda. Segundo eles, um piloto que pousou 20 minutos depois do acidente aéreo disse que não ouviu no rádio qualquer problema vindo da aeronave em que Marília estava.
O piloto, que vinha da cidade de Viçosa e pousou no aeroporto de Caratinga, se comunicou com o avião e nenhuma anormalidade foi relatada pela tripulação. O delegado Ivan Lopes Sales explicou que a testemunha confirmou que o aeronave da artista já estava em procedimento de pouso, faltando aproximadamente um minuto e meio para a chegada no destino final.
Neste momento, os policias trabalham com duas hipóteses principais: a primeira é a de que as linhas de transmissão de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) teriam provocado o acidente. Já a segunda, seria a possibilidade de uma pane nos motores, o que depende da investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Apesar do avanço nas pesquisas, não há um prazo estabelecido para a conclusão do inquérito.
“A gente avançou com essa oitiva. Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas há fortes indícios que as linhas de transmissão teriam sido as causadoras do acidente”, disse o delegado. Assista a trechos da entrevista:
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A própria Cemig já havia confirmado que a aeronave atingiu um cabo de uma torre de distribuição da empresa na cidade. A filha mais velha do piloto Geraldo Medeiros Júnior, que transportava a cantora para o show em Caratinga, anunciou que pretende entrar com um processo contra a Cemig por conta da tragédia. Vitória Medeiros, de 19 anos, disse em uma rede social que o espaço não estava devidamente sinalizado, o que poderia ter evitado o acidente. Clique aqui para saber todos os detalhes.