[Alerta de gatilho: este texto contém relatos sobre depressão e suicídio] No episódio do “Red Table Talk” desta quarta-feira (16), Paris Jackson se abriu em entrevista à amiga de longa data Willow Smith, e contou o quão doloroso foi seu rompimento com o ex-namorado Gabriel Glenn, com quem se relacionou entre 2018 e 2020. A filha do Rei do Pop também abordou suas preocupações com privacidade, a morte do pai, sexualidade, e ainda tocou em tópicos bem sensíveis ao desabafar sobre sua saúde mental.
Além de casal, Paris e Gabriel foram parceiros no duo musical “The Soundflowers”, e chegaram a protagonizar uma série documental no Facebook, intitulada “Unfiltered: Paris Jackson and Gabriel Glenn”. O término do relacionamento dos dois foi em agosto de 2020, e agora ela verbalizou como se sentiu. “Foi o mais profundo desgosto que já vivi. Foi o mais profundo que já amei alguém, o mais intenso que já senti e a traição mais intensa que já vivi até agora”, contou Paris. “Isso definitivamente me fechou. Sou muito cuidadosa com quem passo meu tempo agora e me resguardo tentando me proteger”, acrescentou, mas sem se aprofundar sobre a traição.
O tópico saúde mental veio à tona na conversa e Paris falou de suas tentativas de suicídio. “Muita gente sente arrependimento quando tenta suicídio. Tipo, um arrependimento de último minuto. Teve momentos que senti e teve momentos que não. Mas posso dizer, depois de anos, que estou muito feliz que eu não o fiz. As coisas melhoraram”, compartilhou.
A cantora explicou que teve medo de ter sequelas provenientes das tentativas de retirar a própria vida. “Eu ouvi histórias de pessoas que tentaram [se enforcar], acabaram paralizadas e ainda vivem. Sabendo da minha sorte e o tanto de vezes que tentei, eu provavelmente acabaria numa situação dessa”, afirmou. Ela atribui os pensamentos suicidas à depressão e ao cyberbullying. “Foi muito difícil. E as pessoas me diziam para me matar todos os dias e eu estava com depressão”, desabafou.
A artista também ponderou sobre o quão difícil é ter seus passos vigiados o tempo todo. “Você está constantemente pisando em ovos, constantemente olhando por cima dos ombros. Tipo, você precisa se endireitar e agir corretamente porque se não, isso não refletirá apenas na sua reputação, [mas também] na reputação da sua família. É muito ‘tenha cuidado, se sente, sorria, faça a coisa certa’”, comentou.
Willow perguntou à amiga como ela seguiu em frente após a morte do pai, Michael Jackson, em 2009, e Paris respondeu: “Não sei, meio que aconteceu. Eu era muito nova. Eu estava passando por muita coisa e não entendia o que estava acontecendo, então eu só fiz como fui ensinada a fazer… Eu não tinha muita orientação”. A cantora tinha 11 anos quando Michael faleceu.
A loira ainda discorreu sobre sua sexualidade e a dificuldade de aceitação por parte da família religiosa. No documentário “Unfiltered: Paris Jackson and Gabriel Glenn”, ela revelou que se considera homossexual e que já namorou mais mulheres do que homens. “Com parte da minha família eu falo sobre isso abertamente e com outra parte, não. Eu atingi um ponto agora em que tenho amor e respeito por minha família, suas crenças, cultura, religião e se eu espero que eles ponham isso tudo de lado apenas para que me sinta aceita, expectativas levam a ressentimentos para mim. Enquanto eu estiver vivendo uma vida de amor, honestidade e não machucando outras pessoas, acredito que está tudo bem”, refletiu. Paris dividiu que possui um bom relacionamento com os irmãos – Prince Michael Jackson II, de 19 anos, e Michael Joseph Jackson Jr., de 24 anos – e que recebe apoio deles.
Confira a entrevista na íntegra:
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