Portuguesa que atacou filhos de Ewbank e Gagliasso foi xenofóbica com brasileira; assista ao vídeo

Registro mostra mulher exaltada mandando jovem brasileira “voltar para o Brasil”

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A mulher que proferiu ataques racistas contra os filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso foi xenofóbica com outra brasileira no início deste ano. Eduarda Rabello, brasileira radicada em Portugal, enviou vídeos à coluna de Leo Dias, do Metrópoles, nesta segunda (1º), em que a mulher gritava: “Brasileiros vão para o Brasil”. Segundo Eduarda, o caso ocorreu em 9 de março deste ano.

Além dos gritos, a brasileira relatou que, momentos antes, em um bar, a mulher teria iniciado uma discussão com ela e amigos também do Brasil que estavam no local. “Estava no bar que um amigo trabalha e ela começou a se exaltar. Quando ela saiu, eu estava lá fora com uns amigos brasileiros e ela já começou a gritar falando ‘brasileiros, vão pro Brasil’”, contou. No registro, a portuguesa é vista enfurecida contra a jovem. “Sai daqui, sai daqui, brasileiros do car@lh*!”, gritou ela. Assista: 

A agressora também teria tentado jogar uma cadeira na direção de Eduarda: “Depois de um tempo de discussão, ela tentou jogar uma cadeira em mim, que não acertou, e continuou xingando e falando para nós brasileiros irmos pro Brasil”. Ela disse que chamou a polícia, mas que não foi suficiente para a mulher se acalmar. A portuguesa teria até provocado as autoridades: “Também disse para os policiais que ela não ia levar eles a sério porque tinham cara de taxistas”.

Apesar das ofensas, Rabello não prestou queixa contra a mulher na delegacia. De acordo com ela, os policiais afirmaram que o caso não iria dar em nada e que seria apenas uma perda de tempo. Eduarda se mostrou disposta a ajudar Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso na investigação, com relatos e provas de reincidência de crimes de preconceito praticados pela mulher.

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falam pela primeira vez sobre episódio

Em entrevista ao “Fantástico” deste domingo (31), Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falaram pela primeira vez sobre o ataque racista que seus filhos sofreram em Portugal. “O grito da minha mulher foi de dor, mas também de indignação”, declarou Bruno. Além de Títi, de 9 anos, e Bless, de 7, os dois são pais do pequeno Zyan, de 2 anos.

Na entrevista, Giovanna contou que a família costuma frequentar o local e que ela somente reagiu quando ouviu a mulher proferir xingamentos como “pretos imundos” e mandando as crianças “voltarem para a África ou para o Brasil”. Além dos filhos do casal, as falas foram dirigidas para um grupo de angolanos que estava presente. “Eu vou fazer jus ao privilégio branco e vou combater de frente. Essa luta é de todo mundo. Foi a primeira vez que a minha filha me viu combatendo o racismo de frente, ela ficou muito assustada. A Títi entendeu tudo”, desabafou a apresentadora.

“É muito cruel pensar que eles já têm que ser fortes, que já precisam ser preparados para combater o racismo. Sendo que com 9 e 7 anos teriam que estar vivendo sem pensar em nada. E milhares de crianças são colocadas nessa situação no mundo. E muitas mães não têm voz para lutar como eu fiz”, ressaltou Ewbank, chorando.

O ataque

No sábado (30), Giovanna Ewbank discutiu com uma mulher após seus filhos serem vítimas de racismo, no restaurante Clássico Beach Club, na Costa da Caparica, em Portugal. Um registro mostra a apresentadora enfurecida ao defender Titi e Bless, chamando a mulher responsável pelas ofensas de “racista nojenta”. No trecho, Bruno Gagliasso aparece ao lado da esposa, mas sem interferir na discussão. Assista:

Pouco depois do vídeo viralizar, a assessoria de Giovanna Ewbank se manifestou sobre o caso, confirmando que os filhos do casal foram vítimas de racismo e que a mulher foi presa. “Comunicamos que os filhos do casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso foram vítimas de racismo no restaurante Clássico Beach Club, na Costa da Caparica, em Portugal”, diz a nota.

“Uma mulher branca, que passava na frente do restaurante, xingou, deliberadamente, não só Títi e Bless, mas também a uma família de turistas Angolanos que estavam no local – cerca de 15 pessoas negras. A criminosa pedia que eles saíssem do restaurante e voltassem para a África, entre outras absurdos proferidos às crianças, tais quais ‘pretos imundos'”, continuam os representantes.

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Segundo o comunicado, o casal pretende prestar queixa: “Informamos ainda que Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank prestarão queixa contra a racista formalmente na delegacia portuguesa”.

Mulher foi liberada pela polícia

Ainda no sábado (30), um vídeo divulgado pelo colunista Lucas Pasin, do UOL, mostrou o momento em que a mulher foi presa, após cometer a série de ataques racistas. No entanto, de acordo com informações do jornal português Público, publicadas na manhã de domingo (31), a mulher já foi liberada pela polícia.

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