Rupert Grint revela como está sua relação com J.K. Rowling após comentários transfóbicos da escritora

O intérprete de Ron Weasley falou sobre o assunto em uma entrevista ao jornal britânico The Times, divulgada neste sábado (15).

As falas transfóbicas da autora J.K. Rowling a promoveram para o status de “tiazona”, segundo Rupert Grint, nosso inesquecível Rony Weasley de “Harry Potter”. O ator deu uma entrevista ao jornal britânico The Times, divulgada neste sábado (15), e revelou como é seu relacionamento com a criadora do universo de Hogwarts.

Eu comparo J.K. Rowling a uma tia”, explicou Rupert. “Eu não concordo necessariamente com tudo que minha tia diz, mas ela ainda é minha tia. É complicado”, acrescentou o astro, que atuou em oito filmes da saga.

Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson bem novinhos em “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Pictures)

Em março do ano passado, o ator deu uma entrevista à Esquire na qual elogiou J.K., apesar de se posicionar contra os comentários. “Sou imensamente grato por tudo o que ela fez. Eu acho que ela é extremamente talentosa, e quero dizer, claramente, seus trabalhos são geniais”, disse. “Mas sim, eu acho que você também pode ter um grande respeito por alguém e ainda discordar de coisas assim”, completou.

As polêmicas de J.K. Rowling

Em 2020, J.K. Rowling foi bastante criticada por fazer comentários transfóbicos. Tudo começou quando a autora se manifestou sobre um artigo de um site, intitulado “Criando um mundo pós-Covid-19 mais igualitário para pessoas que menstruam”. Sobre o texto, Rowling tuitou: “Pessoas que menstruam. Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas” escreveu ela, completando com várias palavras que se assemelham à pronuncia de “mulheres”.

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Muitos internautas se incomodaram com a publicação feita pela escritora, confundindo sexo com gênero, e pontuaram que homens transsexuais e pessoas não-binárias também podem menstruar. Após a repercussão, J.K. criticou a ideia de que o sexo biológico de alguém não é real.

“Se o sexo não é real, então não existe atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, a realidade vivida por mulheres ao redor do mundo é apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas excluir o conceito de sexo remove a habilidade de muitos discutirem suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade”, declarou.

Outro momento polêmico foi quando a britânica lançou o livro “Troubled Blood”, sob o pseudônimo de Robert Galbraith. A quinta obra do best-seller que envolve o personagem Cormoran Strike acompanha mais um dos casos do detetive, que dessa vez investiga um homem cis que, por vezes, se veste de mulher para cometer feminicídios.

Mais tarde, ela chegou a divulgar uma loja online que tem posicionamento abertamente transfóbico. Uma coleção de adesivos, canecas e broches do local, por exemplo, inclui itens com as frases: “Transativismo é misoginia”; “Ideologia trans invisibiliza mulheres”; “Notoriamente transfóbica”; “Mulheres trans são homens”.

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Na época, a lista de celebridades que se posicionaram publicamente em repúdio à opinião da autora incluiu os nomes de Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Eddie Redmayne e Evanna Lynch, todos protagonistas de filmes baseados nos livros de Rowling.