Gal Costa, uma das maiores vozes do Brasil, morre aos 77 anos

A cantora estava se recuperando após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita

Gal Costa

Que tristeza! Gal Costa, uma das maiores estrelas da música popular brasileira, morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da cantora. A causa do falecimento, no entanto, ainda é desconhecida. A artista deixa o filho Gabriel Costa Penna Burgos, de 17 anos.

No último fim de semana, 5 de novembro, Gal era esperada para uma apresentação no Primavera Sound, em São Paulo, mas o show foi cancelado de última hora. De acordo com a equipe da estrela, ela precisava ser recuperar após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita. Gal era uma das performances mais aguardadas, já que iria apresentar o álbum “Fa-tal”, de 1971.

“A cantora Gal Costa encontra-se em processo de recuperação. Seguindo as recomendações médicas, suas apresentações estão suspensas até o final do mês de novembro, não sendo possível sua participação no festival Primavera Sound, como era previsto”, afirmou o comunicado assinado pelo diretor da turnê Nilson Raman.

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Gal Costa estava na turnê “As várias pontas de uma estrela”, na qual revisitava grandes sucessos da MPB como “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de mel”. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado, e tinha shows programados também na Europa.

Gal Costa morreu aos 77 anos. (Foto: Globo/Divulgação)
Gal Costa morreu aos 77 anos. (Foto: Globo/Divulgação)

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 1945 em Salvador, na Bahia. Sua estreia na música foi ao lado de Caetano Veloso, Maria Bethânia, Tom Zé, Gilberto Gil, no espetáculo “Nós, Por Exemplo”, em 1964. No mesmo ano, ainda como Maria da Graça, ela gravou um projeto com as faixas “Eu Vim da Bahia” e “Sim, Foi Você”.

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Seu primeiro álbum de estúdio foi lançado em 1967, com Caetano, intitulado “Domingo”. Pouco depois, em 1968, Gal gravou duas músicas para o álbum “Tropicália ou Panis et Circencis” lançado por ela, novamente com Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé. No ano seguinte, mais dois álbuns foram lançados, “Gal Costa” e “Gal”, com músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Gal e Caetano juntos no "Altas Horas". (Foto: Globo/Divulgação)
Gal e Caetano juntos no “Altas Horas”. (Foto: Globo/Divulgação)

Em 1975, Gal, Gil, Caetano e Bethânia se reuniram para o espetáculo “Os Doces Bárbaros”. No mesmo ano, a artista interpretou “Modinha para Gabriela”, sucesso do compositor Dorival Caymmi, e tema de abertura da adaptação global do romance “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado. Em constante reinvenção, em 2011, ela lançou “Recanto”, com produção de Caetano, que traz um repertório com música eletrônica e o funk carioca. No ano passado, estreou seu último disco, “Nenhuma Dor”. O projeto revisita canções do próprio repertório de Gal, que acabaram transformados em duetos com artistas da nova geração da MPB, como Silva, Zeca Veloso e Rubel.

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Em mais de 55 anos de carreira, Gal lançou 43 álbuns, gravou 12 DVDs e participou de 16 especiais de televisão. Uma das maiores vozes do Brasil, ela também já foi indicada cinco vezes ao “Grammy Latino” e venceu o “Prêmio da Música Brasileira” de 2016, na categoria de Melhor Cantora. Deixamos registrados os nossos sentimentos para os familiares, fãs e amigos de Gal Costa.

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