Após chamar coronavírus de “farsa”, pastora morre por complicações da Covid-19 aos 46 anos de idade; entenda o caso

Os perigos de confiar em notícias falsas… O casal Brian Lee e Erin Hitchens acreditava fielmente que o novo coronavírus era uma farsa, baseando-se apenas em informações obtidas nas redes sociais ou em plataformas de busca. Sem seguir as precauções necessárias, os dois acabaram contraindo a doença e a mulher não resistiu às complicações da doença, falecendo neste mês, aos 46 anos de idade.

Em entrevista para a BBC, Brian, que é motorista de táxi na Flórida, nos Estados Unidos, explicou que ele e a esposa começaram a apresentar os sintomas da Covid-19 em maio, mas não procuraram ajuda médica. Os dois optaram por acreditar em teorias da conspiração e outros dados que circulavam na web e, por isso, não assumiram uma postura cautelosa desde o início da quarentena. “Achávamos que o governo estava usando a covid-19 para desviar nossa atenção ou que tivesse a ver com o 5G. Daí, não seguimos as regras nem procuramos ajuda antes”, admitiu Brian.

O taxista conseguiu se recuperar, mas Erin, que era pastora e já se enquadrava no grupo de risco por ter asma e distúrbio do sono, veio a óbito por conta de complicações cardíacas relacionadas ao novo coronavírus. Hoje, Hitchens tenta alertar as pessoas sobre o perigo da doença e deseja que um dia sua esposa o perdoe, onde estiver. “Este é um vírus real que afeta as pessoas de maneiras diferentes. Não posso mudar o passado, só posso viver hoje e fazer melhores escolhas para o futuro”, falou.

Apesar de todas as orientações, Erin e Brian continuavam a sair na rua e não respeitar as regras de distanciamento social. Foto: Reprodução/Facebook

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Ao longo dos meses, a BBC tem acompanhado a disseminação de informações falsas nas redes sociais sobre o coronavírus. Entre os posts checados, muitos links direcionavam os internautas para golpes, textos sobre incêndios criminosos e mortes. Um porta-voz do Facebook se posicionou para a BBC: “Não permitimos desinformação prejudicial em nossas plataformas e, entre abril e junho, removemos mais de sete milhões de posts prejudiciais sobre a Covid-19, incluindo alegações relacionadas a curas falsas ou sugestões de que o distanciamento social é ineficaz”.