Ellen DeGeneres está renovando o ar que cerca seu programa antes das gravações da 18ª temporada começarem. Em meio às investigações da Warner Bros. sobre o ambiente de trabalho, acusado de ser tóxico, a apresentadora fez uma reunião no Zoom com todos os funcionários para eliminar os estigmas criados ao redor dela nessa segunda-feira (17).
A estrela não estava diretamente envolvida nas acusações, mas relatos de antigos membros da equipe diziam que eles eram proibidos de falar e até mesmo fazer contato visual com DeGeneres caso a vissem pela empresa. “Eu não sei onde isso começou. Mas por favor falem comigo. Me olhem nos olhos”, teria dito Ellen na reunião, segundo o “Page Six”.
Funcionários que estiveram na reunião revelaram à publicação que ela chamou o rumor de “insano”. “É louco, apenas não é verdade. Não sei como isso começou, mas não é quem eu sou”, teria acrescentado a apresentadora. Além dela e da equipe, os produtores do programa também estavam na ligação de vídeo.
“[Ela] Realmente os deixou com a moral elevada. Ela se abriu e estava sendo verdadeira. Ela admitiu que tinha várias camadas e que tinha dias bons e ruins”, revelou uma fonte à “US Weekly”. A loira ainda teria dito que era uma pessoa “introvertida” e que “sua vida ficou cada vez maior”. “Ela disse que foi de alguém que ninguém queria ajudar para alguém que tem um programa de sucesso”, acrescentou o insider.
As investigações da Warner Bros. no estúdio do “The Ellen DeGeneres Show” estão quase chegando ao fim e já trouxeram alguns resultados. Os produtores-executivos Ed Glavin e Kevin Leman, e o produtor co-executivo Jonathan Norman não vão voltar ao programa quando a produção recomeçar para a nova temporada, de acordo com a “Variety”.
Essa foi uma das revelações anunciadas na reunião dessa segunda-feira (17) com toda a equipe. Os veteranos Mary Connelly, Andy Lassner e Derek Westervelt continuam na produção do programa e o dançarino e DJ Stephen “tWitch” Boss foi promovido a produtor co-executivo.
Ao contar sobre as mudanças, Ellen teria dito que “queria voltar com força” para a 18ª temporada do talk show, com um comprometimento ainda maior à diversidade. Racismo foi uma das acusações que o programa recebeu de ex-funcionários.
Relembre o caso
Desde julho, diversos funcionários e ex-funcionários do “The Ellen DeGeneres Show” fizeram relatos chocantes ao “BuzzFeed News” para denunciar o ambiente de trabalho tóxico do programa. Os ex-trabalhadores entrevistados foram demitidos após tirarem licenças médicas ou dias de luto para ir a funerais de família. Uma funcionária ainda decidiu sair do emprego após levar uma bronca por reclamar sobre racismo nos bastidores. Para o ‘Buzzfeed’, outros ainda disseram que foram instruídos por seus chefes diretos para não falar com a apresentadora se a vissem pela empresa.
A maioria dos ex-funcionários culpou os produtores-executivos do programa e outros gerentes seniores pela toxicidade do dia a dia, mas um deles chegou a dizer que a falta de controle de Ellen dá espaço para que isso aconteça. “Se ela quer ter seu próprio show e ter o nome dela no título, ela precisa se envolver mais com o que está acontecendo. Eu acho que os produtores executivos que a cercam devem dizer: ‘As coisas estão ótimas, todo mundo está feliz’, e ela apenas acredita nisso, mas é responsabilidade dela ir além disso'”, declarou.
Em outra matéria, eles denunciaram diretamente os produtores demitidos Ed Glavin, Kevin Leman, e Jonathan Norman sobre episódios de assédio, abuso, e má conduta sexual dos executivos. Além das investigações do estúdio, a própria Ellen ainda escreveu uma carta direta para os funcionários, desculpando-se pelo ocorrido e assumindo responsabilidade pelo caso.
Em meio ao escândalo, nomes de quatro famosos foram cotados para substituir a apresentadora no programa, enquanto celebridades se manifestavam em defesa dela.